Timor-Leste teve oportunidade de implementar a sua democracia após a restauração da independência em 2002 mas perdeu-a por ocasião de interesses políticos, optando por uma decisão política que poderá comprometer o futuro do país.
Digo isto porque simplesmente não concordo a forma como o governo liderado pelo Senhor Gusmão chegar ao puder, escolhendo o caminho anti-democracia para controlar o país não para governar.
Escolho este tema, porque julgo ser de extrema importância no contexto de desenvolvimento. A boa governação é o recurso estratégico que serve como o maior beneficio na perspectiva de um país como Timor-leste que procura desenvolvimento sob todos os aspectos. A boa governação deve ser vista e promovida como solução para intensificar a nossa democracia e reforçando a conjuntura sócio-económica do país.
Parece que uma boa governação está muito longe de ser implementada em Timor-leste, o país está a ser governada por um governo de Reality Show, há uma desgovernação total, a justiça tornou-se como um ministério do governo, o povo continua a viver na incerteza, a corrupção e o nepotismo invadem a estrutura política deste governo, quando é assim, é difícil atrair o investimento internacional.
Timor-leste é um país pequeno e frágil, o governo tem que ser capaz de produzir, administrar e capitalizar os recursos internos que apoiem o seu desempenho como motor do país. Neste aspecto, o papel do governo é fundamental, o governo deve governar bem em busca de um desenvolvimento sustentável e durável que favoreça o povo timorense.
É urgente consolidar a democracia no país, se quisermos construir um Timor-leste melhor. O governo deve cumprir as regras constitucionais, cooperar com os outros órgãos de soberania, reforçando e melhorando o sector de segurança, garantir a estabilidade política económica e boa gestão das finanças públicas.
Eu creio que o país tem todas as condições necessárias ao crescimento económico e ao desenvolvimento, agora resta-nos seguir o princípio da democracia. Se assim for, a boa governação é a chave para atrair o investimento internacional.
Por: António Guterres