Frente Revolucionária de Timor Leste Independente

DIRECÇÃO FAFC

Coordenador – Geral

Eng. Samuel Freitas

Vice CoordenadorGeral

Alexnadre Pinto

Contactos:

Samuel Freitas (00351-913892252)

e-mail : faf-coimbra@hotmail.com

Residência Universitária de Santiago, bl. 4, 3810-193, Aveiro, Portugal.


quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

A Direcção do F.A.F.C vem por este meio desejar a todos os membros do F.A.F.C, aos camaradas da luta e a todos os amigos timorenses que neste Natal, o amor e a esperança possam encher os vossos corações. Que o novo ano vos traga muita saúde, alegria e paz.

Bom ano 2009!

Saudações
A Direcção

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ACONTECIMENTO

Nicolau Lobato
Primeiro Comandante-em-Chefe das Falintil.
Foi morto em combate, a 31 de Dezembro de 1978

Nicolau Lobato (1952-1978) nasceu de pais timorenses da classe dirigente tradicional, na região de Bazartete, a 30 km a sudoeste de Díli. Depois de ter frequentado o seminário (nível universitário) em Dare, a sul de Díli, decidiu não prosseguir estudos teológicos. Foi professor e mais tarde funcionário público no departamento de finanças, em Díli.

Em Maio de 1974, um mês após a Revolução dos Cravos, que desencadeou o processo de descolonização, formou, juntamente com outros, a ASDT (Associação Social-Democrata Timorense), que se transformou na FRETILIN em 1975.

Em meados de 1975, partiu em missão diplomática e pouco depois, em Agosto, desempenhou um papel central na derrota da UDT pela FRETILIN, durante a guerra civil. Era então Vice-Presidente da FRETILIN, mas devido à sua liderança durante a guerra tornou-se no seu verdadeiro dirigente, embora o Presidente, Xavier do Amaral, continuasse a ser respeitado.

Durante o período de administração da FRETILIN em Timor-Leste (Setembro- Dezembro de 1975), procedeu ao estabelecimento de uma cooperativa rural na sua região natal. Quando a Fretilin instituiu a República Democrática de Timor-Leste (RDTL), em 28 de Novembro de 1975, tornou-se Primeiro-Ministro, sendo Xavier do Amaral o Presidente. A esposa, Isabel, foi morta a tiro em Díli no primeiro dia (7 de Dezembro de 1975) da invasão indonésia.

Nos 3 anos seguintes (1975-1978), Nicolau Lobato foi o chefe militar e, em grande parte, o dirigente político, da Resistência Timorense nas montanhas. A sua posição como comandante foi confirmada no Congresso da Fretilin em Soibada, em Maio de 1976 e, mais tarde, após a prisão de Xavier do Amaral, em Setembro de 1978, tornou-se o Presidente. Finalmente, em 1978, quando as forças timorenses estavam enfraquecidas após a operação de cerco, foi morto pelos indonésios, em 31 de Dezembro de 1978. O Comandante da unidade indonésia que realizou esta proeza, Prabowo, veio a ser genro de Suharto e tornou-se célebre pelos seus "golpes baixos" no comando das Kopassus, antes de ter sido "honrosamente excluído" do exército em Setembro de 1998. Actualmente, reside na Jordânia.

Alto, resoluto e seguro, Nicolau Lobato era um homem com fortes qualidades de chefia - determinação, auto-disciplina e experiência militar - que o tornaram famoso, primeiro na guerra civil e mais tarde como chefe aparentemente indestrutível da Resistência, que manteve afastadas durante três anos as poderosas forças indonésias. Inspirado no modelo nacionalista anti-colonial de Angola e Moçambique, e imbuído do ideal de autonomia económica e política, considerava que os Timorenses deviam confiar em si próprios, alimentar-se a si próprios e governarem-se a si próprios, sem esperarem a ajuda que não via chegar do outro lado do mar.

Foi esta convicção que o guiou, mas foi a sua disciplina - e do seu povo - que construiu a organização e a lealdade que o tornaram legendário aos olhos de indonésios e timorenses. Mas, para os Timorenses, tanto para os da Fretilin como para aqueles que foram da UDT ou Apodeti, ele era mais do isso. Tornara-se um herói popular.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Timor-Leste perante os desafios de sempre

Por: Abel Coelho de Morais – Diário de Notícias

Conjuntura: Milhares de deslocados internos continuam por realojar
Questões políticas, económicas e sociais podem gerar nova crise

Timor-Leste está no bom caminho para a paz e estabilidade, afirmava na semana agora finda o número dois da missão das Nações Unidas naquele país, Finn Reske-Nielsen.
Uma apreciação que pode ser considerada optimista, em especial quando surgiam na imprensa australiana extractos de um documento confidencial da ONU com observações contrárias."Penso que os timorenses podem considerar-se orgulhosos do que foi conseguido este ano e terem a certeza de conseguirem ainda melhores resultados em 2009", insistiu Reske-Nielsen. Olhando o passado recente, a dúvida é, de facto, se os timorenses têm condições para ultrapassarem o actual impasse. Em relação a Fevereiro de 2008, quando se verificaram os acontecimentos de que resultaram a morte do ex-major Reinado e o atentado à vida de Ramos-Horta, a situação parece tranquila. As principais forças políticas têm moderado o tom das acusações, mas relatos sobre a situação no território indicam viver-se um momento de tensão adiada. Por outro lado, permanecem visíveis os efeitos da crise de 2006, e que vai culminar no surto de violência de 11 de Fevereiro de 2008. Continuam por realojar milhares de deslocados, dispersos por 16 campos. O Governo anunciou a intenção de encerrá-los até Fevereiro, mas os deslocados regressam, em muitos casos, a localidades onde as suas casas e infra-estruturas foram destruídas. O clima económico internacional não é de molde a encorajar o investimento num país que necessita deste de forma urgente. As ONG têm alertado para tensões resultantes do movimento das populações. Estão identificados conflitos sobre direitos de propriedade, tensões entre deslocados, que receberam subsídios, e aqueles que, tendo permanecido nas vilas ou aldeias, não receberam verbas oficiais. Por último, as tensões políticas entre apoiantes dos vários grupos continuam presentes numa sociedade em que não se concretizou ainda a total reforma do sistema de segurança e de justiça e o enraizamento de uma cultura de relacionamento político e institucional está longe de existir.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

KOMUNIKADU DE IMPRENSA

FRETILIN

Komunikadu de Imprensa
Dili, Tersa-feira, 21 Dezembru 2008

Ministra das Finanças selu osan-boot ba ninia kolega sira
FRETILIN kondena segredu bara-barak kona-ba asesór sira nia saláriu


Osan husi Fundo de Petróleu no mós finansiamentu husi doadór sira agora gasta arbiru de'it ba saláriu ho pagamentu ne'ebé aas ba ema internasionál ho lokál sira ne'ebé laiha kualifikasaun maibé iha ligasaun polítika ho pesoál ba ministru sira iha governum deputadu FRETILIN nian no mós vice prezidente Arsenio Bano, hatete ohin.

Bano, ne'ebé uluk kaer mós kargu nu'udár Ministru iha governu FRETILIN dehan, Primeiru Ministru de facto Xanana Gusmão lakohi fó-sai detallu kona-ba asesór na'in hira maka governu kontrata no mós kópia sira nia kontratu nian, maske FRETILIN ho deputadu sira seluk iha Parlamento Nacional halo ejijénsia ne'e dala hira ona ba Ministra das Finanças, Emilia Pires.

"Governu ne'e fó de'it empregu ba ninia maluk sira, Timor-oan no mós sidadaun australianu sira ne'ebé moris iha Timor-Leste. Ema sira ne'e simu saláriu ho FEE boot tebetebes, i sira ne'e barak maka laiha kualifikasaun, liuliu iha Ministério das Finanças," Bano dehan.

"Ami hatene katak Ministério das Finanças kontrata asesór sira na'in 70 ba tinan ida ne'e mesak.

Ema sira ne'e inklui advogadu australianu ida ne'ebé bazeia iha Sydney. Nia simu liu US$80,000 atu servisu de'it ba liu itoan fulan ida kuandu governu de facto AMP sa'e foufoun. Nia servisu hanesan asesór ba Timor-Leste nia lei Fundo de Petróleu maski nia laiha experiénsia legál espesífiku iha setór petrolíferu.

"Ninia área de espesialidade, tuir buat ne'ebé ami hatene maka, katak nia koñese ema importante iha governu no nia iha ligasaun ho diplomata sira no mós emprezáriu Timor-oan sira," Bano dehan.

"Ami mós hatene kona-ba tékniku laboratorium nian ida ne'ebé laiha esperiénsia ka kualifikasaun iha finansas públiku ka área ne'ebé relasionadu maibé nia simu liu US$10,000 fulan-fulan atu sai asesór ba Ministra das Finanças."

Bano kontinua: "Buat ne'ebé la'o ohin loron maka 'fahe servisu ba maluk sira', i iha kazu balu, 'namorada sira'.

"Ema sira ne'e barak maka hetan sira nia saláriu husi orsamentu estadu nian, ne'ebé totálmente finansiadu husi Timor-oan sira nia Fundo de Petróleu.

"Karik ida ne'e maka Ministra das Finanças nia medida ikus liu ba kombate pobreza ba ema sira ne'ebé iha ligasaun polítika ho sira no mós ema sira ne'ebé maka ekonomikamente privilejiadu."

Bano dehan FRETILIN uluk ko'alia kontra pagamentu ba asesór sira ne'ebé sisi osan boot durante debate ba orsamentu iha Dezembru tinan kotuk. Nia dehan katak buat ida ne'e repete filafali ona ho proposta ba orsamentu AMP nian ba tinan 2009, ne'ebé komisaun parlamentár agora diskute daudauk.

"Esforsu oioin atu hetan detallu báziku kona-ba númeru asesór iha ministériu laran, sira nia kapasidade ho esperiénsia, to'o agora laiha susesu tanba governu lakohi fó-sai. Ida ne'e atu hatudu fali katak, karik governu rai informasaun sira ne'e hanesan segredu estadu nian envés de hanesan kestaun ida kona-ba interese públiku.

"Buat sira ne'e hanesan detallu báziku ida ne'ebé konstitusionálmente no mós tuir lei governu tenke fó ba parlamentu atu ajuda parlamentu hala'o ninia servisu atu fiskaliza orsamentu ho efikás liu tan."

Bano dehan katak lori reseita husi Fundo de Petróleu ne'ebé governu FRETILIN estabelese maka governu ne'ebé Xanana kaer konsege netik tau hamutuk orsamentu anuál ida liu fali orsamentu iha tinan hitu nia laran ne'ebé governu uluk nian halo.

"Riku-soi sira ne'e tuir loloos gasta ba saúde, edukasaun ho agrikultura, buat ne'ebé garante dezenvolvimentu humana, envés de simu de'it 15% husi orsamentu ida agora ne'e. Doadór sira mós labele fó fundu atu selu de'it maka ema sira ne'ebé laiha kualifikasaun apropriada ka adekuada. Fundu sira ne'e tuir loloos gasta ba dezenvolvimentu ba ami nia povu," nia dehan.

Atu hetan informasaun liu tan, favór kontakta ho Arsenio Bano iha +670 741 2447

FAFC tem o novo Coordenador-Geral

INFORMAÇÃO

António Monteiro é o novo Coordenador-Geral do Fórum Académico da Fretilin em Coimbra (F.A.F.C).
Estudante finalista do curso Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra aceitou o desafio de estar a frente do Fórum porque entende que este é caminho certo para dar a continuidade da voz do Partido Fretilin no espaço internacional.

KOMUNIKADU BA IMPRENSA

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

KOMUNIKADO BA IMPRENSA
Dili, 17 Dezembru 2008

Tamba korupsaun sae makas liu mak nasaun Timor-Leste lakon fundus dollar juta ba juta hodi hatun kiak husi Governu Estadus Unidus nian, naranMCA (Millenium Challenge Account).
Millenium Challenge Corporation (ka MCC), neebe kaer MCA, hasai Timor-Leste husi lista rain hirak neebe kualifika atu hetan osan husi "assistensia kompaK" – osan barak tebe tebes atu halo investimentu atu hamenus kiak (
http://www.mcc.gov/press/releases/documents/release-121108-selection.php).
MCC nia desizaun nee sai depois de Transparensia Internasional publika sira nian relatoriu Kona ba Indise Persepsaun Korupsaun ba tinan 2008, neebe hatudu katak Timor-Leste iha Xanana Gusmao no AMP nia okos hamosu situasaun aat liu kona-ba nivel korupsaun iha mundu tomak (hare
http://www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi/2008).
Nune'e mos mos Representanti UNDP nian iha Timor-Leste, Sr. Finn Rieske Nielsen, konfirma katak tuir nia hanoin korupsaun aumenta iha Timor-Leste (Radio Timor-Leste, 10 Dezembru 2008).
Xefe Bankada Parlamentar FRETILIN nian, Sr. Aniceto Guterres dehan katak MCC hasai Timor-Leste husi programa MCC nian tamba korupsaun aumenta makas, inklui alegasaun barak neebe mosu kontra ministru bot sira iha governu de facto AMP nian.
"Primeira ves desde ita tama iha MCC nia programa iha tinan 2003, Timor-Leste la konsegue tama iha MCC ninia kriterius kona ba 'Kontrole ba Korupsaun'. Iha tinan ida nee Sr. Gusmao ninia governu mos la konsegue tama iha kriteriu kona ba 'Estadu de Direitu' no 'Efetividade Governu nian' ," Guterres tenik.
"Primeiru Ministru de facto Xanana Gusmao nia promessa beibeik atu lita hasoru korupsaun sai fail anedota ida iha ohin loron.
"Publiku no media tomak sei husu nafatin perguntas kona ba PM Gusmao ninia hahalok rasik, liliu kona ba sosa fos ho folin juta US$14 neebe entrega deit ba ninia maluk husi CNRT Sr. Germano da Silva."
Sr. Guterres mos ezije ba PM de facto Xanana atu demiti Ministra Justisa, Lucia Lobato, neebe hetan alegasaun korupsaun seriu iha media hasoru nia tanba nia labele kaer hela pasta justisa enkuantu investigasaun lao hela.
Sr. Guterres dehan katak governu uluk FRETILIN nian halo atu Timor-Leste bele kualifika atu hetan osan husi 'assistensia kompac' MCC nian iha 2004, maibe tamba krize 2006 prosessu atu hetan osan nee atraza to'o eis Primeiru Ministru Dr. Mari Alkatiri resigna a'an.
"Governu FRETILIN hetan rekonesimentu internasional tanba sira iha transperensia makas ba gestaun ekonomia no finansas nian no tanba harii sistema hasoru korupsaun forte. Buat hirak nee mak kriteriu atu hetan osan husi MCA," nia dehan.
"Maibe dpois de eleisaun iha 2007, korupsaun sai makas no ema hotuhotu kolian kona ba ida nee. Ami hatene katak bainhira diretores MCC nian mai visita Timor-Leste iha fulan Agostu 2008 hodi halo avaliasaun ba ita, emprezariu nasional bot ida hatete sai ba sira katak korupsaun agora makas liu iha AMP nia governsaun laran.
"Emprezariu nee apoiante bot PSD nian, aliadu ida iha governu de factu AMP nian.
"Governu Gusmao nian halau hela revisaun kona ba lei anti-korupsaun no atu harii Komissaun Anti-Korupsaun. FRETILIN la mos hanoin katak lei anti-korupsaun ida neebe forte liu presiza duni, maibe komissaun foun ida laos solusaun ba moras korupsaun iha ita nia rain.
"Ami hanoin katak diak liu aumenta rekursus no formasaun ba Provedoria Direitus Umanus no Justisa nian, Ministeriu Publiku no Tribunais. Ida ne mak diak liu atu loke dalan ba luta hasoru korupsaun.
"Ami hare katak Presidenti Republika mos konkorda, tanba ida nee mak nia dehan ba parlamentu nasional iha loron bot mundial direitus umanus nian iha 9 Dezembru 2008, bainhira nia afirma dehan nia la fiar "katak parlamentu bele hetan ema nain 5 neebe la iha ligasaun politika no independenti los atu tama iha komissaun anti korupsaun ida'."
Sr. Guterres dehan katak PM Gusmao to'o ohin loron seidauk haruka ba Provedor Direitus Umanus no Justisa, deklarasaun de bens neebe nia hatete sai iha ninia intervensaun bainhira nia simu tomada de posse iha tinan kotuk, katak nia sei haruka ba Provedor iha semana ida nia laran.
"Ida nee ezemplu ida tan atu hatudu ba ita hotu katak nia koalia buat ida kona ba korupsaun maibe nia halo fail buat seluk, tuir neebe hodi lori MCC atu lakon konfiansa mos, no hodi lori Timor-Leste lakon osan bot husi MCC," Guterres tatoli.
"Desizaun husi MCC ne'e mosu hanesan sinu atu fanu ami nia maluk AMP sira iha parlamentu neebe ikus mai fiar makas katak 'MCC sei mai' hanesa Presidenti Parlamentu mos dehan. Ami iha Bankada FRETILIN husu bot ba sira atu servisu besik liu ho ami, ho sosiedade sivil no Provedor atu aprova lei anti-korupsaun ida neebe efetivu liu atu luta hasoru korupsaun.

Hakarak ta'an informasaun, bele dere ba: Deputadu José Teixeira +670 728 7080

domingo, 7 de dezembro de 2008

Xanana tenke para halo kampaña kontra Tribunal de Recurso

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

Komunikadu ba Imprensa
Dili, Domingu, 23 Novemberu 2008
Xanana tenke para halo kampaña kontra Tribunal de Recurso
FRETILIN bolu ba Primeiru Ministru de facto Timor-Leste nian, Sr. Xanana Gusmão, atu halo tuir ezemplu hosi deputadu governu nian iha Parlamento Nacional i hapara ninia dezobediénsia ba Tribunal de Recurso.
Lider bankada FRETILIN nian iha Parlamento Nacional, Aniceto Guterres dehan katak Sr. Xanana tenke para halo finje katak nia ass liu fali lei ho Constituição no tenke hatudu momoos katak ninia governu simu desizaun tribunál nian katak medidas xave hosi ninia orsamentu ne'e inkonstitusionál no mós ilegál.
Aniceto komenta hela kona-ba Sr. Xanana nia deklarasaun katak: "hotu-hotu rona katak tribunal rekursu dehan labele hasai osan, nudar primeiru ministru hasai osan bah au nia bolus hau pronto ba prijaun mas hasai osan atu servi povu ida nee, liuliu atu hare ba edukasaun hau sei hasai nein ke tribunal rekursu kondena hau atu ba neebe deit." (Timor Post, 18 Novembru 2008)
Tribunal de Recurso fó desizaun katak:
a) Governu nia estabelesimentu ba fundu ida ho naran Fundo de Estabilização Economica ne'e inkonstitusionál tanba ida ne'e hanesan ho estabelesimentu ida be "fundu segredu", ne'ebé Constituição espesífikamente proibe.
b) Parlamentu nia aurorizasaun atu transfere osan liu millaun US$290 hosi fundu petrolíferu nasionál ne'e ilegál tanba tanba viola aspetu xave hosi lei ne'ebé mandata utilizasaun sustentável ida ba reseita hosi petróleu.
Aniceto dehan: "Sr. Xanana nia dezobediénsia ba órgaun judisiária ne'e inaseitável hosi ema ne'ebé maka dehan katak nia maka nasaun ne'e nia Primeiru Ministru Constitucional. Nia tenke fó ezemplu di'ak ba povu kona-ba respeita lei, konstituisaun no tribunál sira nia independénsia.
"Ninia deklarasaun ne'e sala boot tanba parte hosi ami nia objesaun maka, katak ninia governu nia orsamentu ne'ebé tau hamutuk atu hamaus de'it eleitór sira aloka de'it 5,6 porsentu ba edukasaun. Ninia atentadu atu uza sinisizmu ho populizmu para hatún tribunál nia kredibilidade ne'e moe boot ida ba nia."
Aniceto dehan tan katak desizaun tribunál nian ne'e ema hotu-hotu simu ho di'ak hosi seksaun oioin iha sosiedade sivíl no grupu advogadu nian, até deputadu sira hosi AMP.
"Sr. Xanana nia ministru balu até hatudu fali respeitu maka'as liu ba lei ho Constitioção. Porezemplu ninia Vise Ministru ba Finansas, Sr. Rui Hanjam, dehan kedan katak hafoin desizaun hosi tribunál ne'e publika, ita hotu-hotu tenke hakruuk ba desizaun ne'e. Sr. Mario Carrascalão, prezidente partidu ida hosi Sr. Xanana nia aliansa mós hatete katak "Tuir hau nia hare solusaun mak ida deit. Tribunal Rekursu nia desizaun nee ita tengki cumpri deit," i hatudu ninia reseiu katak tribunál nia kredibilidade sei monu se governu kontinua dezobedese nia. Vise Prezidente Parlamento Nacional – membru partidu hosi Sr. Xanana nia CNRT – mós hatete katak desizaun tribunál nian hotu-hotu tenke respeita no halo tuir.
"Maibé, até agora ita seidauk rona buat ida hosi Sr. Xanana, menus hahalok ne'ebé hatudu dezobediénsia ba desizaun tribunál. Nia tenke hatudu ho klaru katak governu simu desizaun tribunál nian no mós katak governu sei servisu hamutuk ho órgaun konstitusionál sira seluk, hanesan parlamentu, atu garante katak tribunál nia desizaun kona-ba inkonstitusionalidade no mós ilegalidade ne'e, ema ida labele viola, nein uitoan."
Aniceto dehan katak opozisaun hosi governu Sr. Xanana nian hasoru desizaun tribunál ida ikus liu ne'e hanesan hipókrita ka munafik tanba iha dia 14 de Agostu 2008, Ministra das Finansas, Sra. Emilia Pires fó-sai komunikadu hodi elojia desizaun Tribunal de Recurso nian ba orsamentu ne'e hanesan 'vitória ida ba povu' no 'derrota ba FRETILIN'.
Sra. Emilia Pires nia komunikadu ne'e dehan: "Desizaun tribunál nian, ne'ebé sai ohin, konfirma katak ita nu'udár governu kaer metin hela prinsípiu no valór hosi konstituisaun i lei Timor-Leste nian. Ami kontente ho rezultadu ne'e no mós, importante liu, fó korajen boot baa mi, katak ami nia servisu ne'e hetan mós rekoñesimentu hosi tribunál ne'ebé aas liu."
"Evidentemente governu ida ne'e hakarak fihir no hili de'it desizaun tribunál ida ne'ebé maka sira hakarak simu," Guterres dehan.

Atu hetan tan informasaun bele kontakta ho Deputadu José Teixeira liu hosi (+670) 728 7080

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

“Atrair Investimento para Timor-leste”


Afirmação feita pelo Senhor José Alexandre Gusmão (PM de Timor) na sua visita oficial a Portugal no dia 26 de Novembro de 2008.


Ora bem, tive oportunidade de assistir a conferência de imprensa do Senhor Gusmão, vi logo um PM sem preparação suficiente para convencer os investidores.
Eu vi um PM muito reservado, pouco colaborante no espaço e no tempo, de facto o povo português assistiu um Xanana muito diferente.
Falou-se em investimento, mas esqueceu-se de referir que Timor-leste não está em condições para atrair o investimento internacional. Para que haja investimento, é necessário que o Governo apresente certos requisitos para puder convencer os investidores, e a verdade que este Governo não está criar as condições necessárias para pôr o país em desenvolvimento.
O mundo continua a assistir um Governo que está longe de implementar uma boa governação no país, não há organização na estrutura deste Governo, os níveis de corrupção e nepotismo permanecem elevados. Sem ideias claras para colocar o país a funcionar como um estado de direito.
Eu sempre disse e volto a dizer que, para haver o investimento internacional é necessário que haja uma boa governação, e isto não se vê no Governo do Gusmão. Veja-se só o acontecimento que se verificou ultimamente, o Tribunal de Recursos reprovou o orçamento rectificativo, considerando o orçamento inconstitucional, e assiste-se a um despedimento em marcha aos juízes que tomaram essa decisão. Por tanto, Timor-leste está perante um Governo que confundiu a sua maioria parlamentar com o poder absoluto.
Se continuar assim, é difícil atrair o investimento para o país. O Governo tem de se adaptar com a realidade e apresentar uma política clara, sobretudo respeitar os órgãos de soberania do país.

Por: António Guterres

Mensagem dos Académicos da Fretilin em Coimbra a propósito da visita do Primeiro-ministro de Timor-leste (José Alexandre Gusmão) a Portugal.

FÓRUM ACADÉMICO DA FRETILIN EM COIMBRA (F.A.F.C)

A situação pela qual o país tem passado, sobretudo os desafios políticos que se colocam a todos os timorenses, leva-nos uma profunda reflexão e discussão de ideias. Por isso, nós, académicos da Fretilin em Coimbra, decidimos transmitir os seguintes pontos aos nossos governantes:

1. Queremos que haja estabilidade política no país
Nós, académicos da Fretilin em Coimbra, continuamos a pensar que o Governo liderado pelo Senhor Gusmão ainda não conseguiu reunir as condições necessárias para garantir a estabilidade política no país. Por isso, nós sugerimos que o Governo respeite os órgãos de soberania do país. Só assim poderá encontrar um entendimento político para garantir a estabilidade e a paz em Timor-leste.
2. O Governo deve apresentar projectos bem definidos para o desenvolvimento da nação
Há mais de um ano no poder, o país continua a assistir à ausência deste Governo. O Governo continua não ter uma ideia clara para pôr o país em desenvolvimento e, por isso, nós propomos que o Governo apresente os seus projectos ao país para puder garantir o desenvolvimento sustentável.
3. O Governo deve criar condições de vida para o povo
Nós continuamos a pensar que o governo de Gusmão está longe de criar condições para o povo. Vemos que o direito do povo está a ser centralizado. Por isso, nós apelamos ao Governo para que sirva e una o povo. O Governo deve criar condições e estratégicas políticas, sobretudo na gestão política integrada que serve como prioridade aos mais pobres e igualdade de oportunidades na participação do desenvolvimento do país.
4. O Governo deve reavaliar a sua política económica
Nós, académicos da Fretilin em Coimbra, consideramos que a política económica deste Governo foi uma decepção. Não há transparência na implementação do orçamento, há mais despesas do que receitas. O Governo ignorou o aviso do Banco Mundial, optando por uma política de gastos excessivos, achando que distribuir dinheiro para o povo é o caminho correcto. Da nossa parte, achamos que esta não é uma via eficaz para assegurar o desenvolvimento económico do país. Por isso, pedimos ao Governo que reavalie a sua política económica.
5. Apostar na língua portuguesa deve ser uma prioridade para o Governo
Se o português é a língua oficial de Timor, porque é que Portugal e a comunidade CPLP não são prioridades para o investimento na educação do Governo de Gusmão? Da nossa parte, achamos que a politica de educação deste Governo está mal empregada, pois a língua portuguesa continua a ser importante para o desenvolvimento de Timor. Por isso, sugerimos que o Governo considere a comunidade CPLP como uma oportunidade para o investimento na educação.

6. Queremos que a justiça funcione como um órgão independente no país democrático de Timor-leste

Baseando nos seis pontos acima referidos, continuamos a insistir numa boa governação, para que o povo não fique nas incertezas e nas ilusões projectadas neste Governo.
Para além dos pontos salientados, queremos também apelar a todos os timorenses que participem na fiscalização da acção deste Governo actual liderado pelo Senhor José Alexandre Gusmão.
É desta forma que o Fórum Académico da Fretilin em Coimbra manifesta a sua preocupação pela actual situação política que se vive em Timor-leste.


Coimbra, 24 de Novembro de 2008
Fórum Académico da Fretilin em Coimbra (F.A.F.C)

Bankada FRETILIN husu ba Presidenti Republika Demiti Longuinhos Monteiro




República Democrática de Timor-Leste
Parlamento Nacional
BANKADA FRETILIN

Komunicado Imprensa

Díli 19 Novembro 2008

Bankada FRETILIN husu ba Presidenti Republika Demiti Longuinhos Monteiro

Bankada FRETILIN husu dala ida tan ba Presidente Republika, Dr. José Ramos Horta atu demiti Sr. Longuinhos Monteiro nudar Prokurador Jeral Republika, koalia deputadu Arsenio bano iha Dili ohin.

“Tuir notisia neebe Timor Post publika iha loron 5 Novembro, no STL publika horseik, prosessu Julgamento iha Tribunal Distrital Dili relasionado ho kazu somasi Fransisco Akoileong no Mariana Wijaya neebe hahu semana hirak liu ba halao nafatin maibe Sr Longuinhos Monteiro neebe hetan akuzasaun kamas kona ba suborn husi Sr. Akoileong, sei halao nafatin knar nudar Prokurador Jeral Republika. Bankada FRETILIN, neebe foti ona akuzasaun balun hasoru Sr. Monteiro hanesan gravasaun telefonika, preokupa tebetebes ho evidensia neebe mosu iha julgamentu ida nee nia laran. Evidensias neebe mosu kona ba akuzasaun subornu hatudu dala ida tan katak nia laiha ona kredibilidade halao nia knar nudar Prokurador Jeral da Republika ba rai nee,” dehan Bano

“Oinsa publiko timor oan bele fiar katak Sr Longuinhos Monteiro bele halao nia knar lolos hanesan Prokurador Jeral de Republika ba rai nee no representa serbisu Ministeriu Publiku, se nia rasik involve nia a’an iha alegasaun kazu subornu nian hanesan saida mak akontese dadauk ba Sr Fransisco Akoileong no Mariana Wijaya.
Tuir lolos molok atu tuir julgamento ba kazu nebe involve nia an rasik Sr Longuinhos Monteiro tenke resigna aan uluk husi nia knar Prokurador Jeral Republika. Se nia la iha considerasaun atu demite a’an, entaun diak liu Presidente Republika foti desizaqun hodi hadok nia husi konflito interese iha lalaok prosesu julgamento ninian,” hatutan Bano.

“Ida nee primeira vez iha mundo tomak karik neebe Procurador Geral ida neebe hetan akuzasaun ida husi kleur hanesan nee la suspende ka deimiti enkuantu prosessu julgamentu lao hela. Ita iha ona presedente a’at ida iha ita nia rai,” Bano dehan tan.

Bano dehan mos, “Kazu Sr. Akoileong neebe involve Sr Longuinhos Monteiro grave teb-tebes no iha impaktu ba kredibilidade serbisu prokuradoria nian iha Ministerio Publiku no kredibilidade ba sistema justisa tomak. Atu bele harii fila hikas konfiansa povo nian ba serbisu Ministerio Publiko nia tuir artigu 132 no 133 Konstituisaun RDTL, nebe hateten katak Prokuradoria Jeral Republika mak representa serbisu Ministerio Publiko nian. Tamba nee ami preokupa nia halau nafatin nia knaar enkuantu julgamentu nee lao.”

“ Ami husu ba Presidente Republika, Jose Ramos Horta atu uza dadauk nia knar tuir artigu 133 Konstituisaun RDTL hodi demiti Sr. Longuinhos Monteiro nudar Prokudaror Jeral Republika hodi harii fila hikas konfiansa ba serbisu Ministerio Publiku nian, neebe hetan kanek todan husik kleur ona tamba lalaok ema neebe okupa kargu hela,” Bano taka.

KOMUNIKADU BA IMPRENSA


FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Dili, dia 19 de Novembru 2008

Krize orsamentál iha Timor-Leste: Alkatiri aviza PR labele ataka Tribuna Rekursu

Krítika kontra Tribunal de Recurso hosi Presidente José Ramos-Horta bele monu iha risku ba interpretasaun hanesan inapropriadu no mós potensiálmente bele estraga nasaun joven ida ne’e nia órgaun judisiál, Sekretáriu Jerál FRETILIN no mós eis primeiru ministru Timor-Leste nian, Dr. Mari Alkatiri aviza ohin.
Dr. Alkatiri husu polítiku sira atu toma kuidadu bainhira sira halo komentáriu kona-ba desizaun judisiáriu nian, no hatete: “Presidente tenke kompriende liu ema seluk katak ita nia órgaun judisiáriu presiza apoiu atu ajuda órgaun ne’e reforsa liután lei iha Timor-Leste.”
Timor Post sita Presidente Ramos-Horta iha Segunda-feira (17/11) katak nia hakarak “hau hakarak hare sira (Timor oan) hakat ba oin hodi kaer ita nia TR no juiz internasional iha kotuk” no mós katak, se juíz internasionál ida “la hatene realidade timor no kultura timor nian, nia ba deit neebe akontese, tuir deit mentalidade europa nian, entaun justisa bele laos 100%.”
Maske Presidente dehan katak nia la’ós halo hela komentáriu ruma kona-ba substánsia hosi desizaun tribunál nian, deklarasaun sira ne’e nia halo durante entrevista ida kona-ba, no mós iha kontestu, desizaun unánimu hosi Tribunál de Recurso iha dia 13 de Novembru 2008, katak parte prinsipál hosi Xanana Gusmão nia orsamentu inkonstitusionál i ilegál.
Desizaun ne’e relasiona ho transferénsia ilegál ba osan US$396 jutas ne’ebé governu hasai hosi Fundo Petrolíferu hodi hatama iha orsamentu retifikativu, no mós estabelesimentu ba fundu rezerva exesivu ida konsideradu hanesan inkonstitusionál naran Fundo de Estabilização Económico.
Membru governu Xanana Gusmão nian halo atake públiku no pesoál maka’as hasoru juíz sira ne’e tanba sira nia desizaun.
Dr. Alkatiri dehan: “Maske ha’u hatene saida maka Presidente dehan kona-ba labele halo komentáriu hasoru substánsia hosi desizaun Tribunál de Recurso nian ne’e, ha’u hatete katak komentáriu ne’e la ajuda buat ida se la’ós atu hamosu dúvida katak Presidente kestiona fali kompozisaun Tribunál de Recurso nian. Ha’u la rona Presidente nia keixa


hasoru juíz sira nia nasionalidade bainhira tribunál hakotu desizaun ida uluk, ne’ebé favorese governu Xanana nian.
“Komentáriu sira ne’e halo ita hakfodak liután bainhira ita haree katak Presidente Tribunál de Recurso nian, Sua Exelénsia Dr. Caludio Ximenes, mós Timor-oan ida.
“Ita nia juíz sira ne’e nomeadu tuir Constituição no hala’o servisu hanesan parte integrál hosi sistema judisiál Timor-Leste nian, la’ós rai-selk nian.
“Sira aplika standar ne’ebé étiku no mós aas no halo desizaun tuir Timor-Leste nia lei ho Constituição, ne’ebé Timor-Leste nia lejisladór sira maka halo iha sira nia kapasidade nu’udár reprezentante povu Timor-Leste nian.
“Ita iha setór judisiáriu ida ne’ebé foin maka moris no mós povu ida ne’ebé seidauk moris iha lei nia okos ka estadu demokrátiku ida antes 1999. Ne’e duni ita hotu-hotu tenke ser kuidadu kona-ba saida maka ita hatete kona-ba sistema judisiáriu nia lala’ok, atu evita interpreta ita nia komentáriu sira ne’e hanesan krítika motivadu polítikamente kontra tribunál.”
Dr. Alkatiri, ne’ebé iha ninia governu estabelese mós Centro de Formasaun Judiciária i ajuda harii Faculdade de Direito iha Universidade Nasionál, dehan katak juíz internasionál sira ho experiénsia ne’ebé aas dezempeña hela papél ida importante iha Timor-Leste nia sistema judisiál, inklui ajuda dezenvolve juíz lokál sira.
“Envés de halo komentáriu kona-ba órgaun judisiária, Presidente presiza hatudu ninia lideransa hodi kontribui ba buka solusaun ida ba krize orsamentál ida ne’e, ne’ebé Xanana nia governu rasik maka halo,” nia dehan.

Atu hetan tan informasaun, favór kontakta ho: José Teixeira 728 7080

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Comunicado da Fretilin

COMUNICADO À IMPRENSA

O Comité Central da FRETILIN (CCF), reuniu-se, em Dili, no dia 08 de Novembro de 2008, em sessão alargada com a participação dos deputados, ex-deputados, ex-membros do Governo e representantes dos órgãos sub-nacionais do partido.Durante a reunião, foram abordados vários assuntos de interesse partidário e nacional, entre os quais: · Relatório da Bancada Parlamentar da FRETILIN;· Relatório sobre o Processo de Reajustamento;· A Marcha de Paz;· As Eleições dos Líderes Comunitários;· O Mau Funcionamento do Parlamento Nacional;· Alteração da Lei dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional;· As comemorações do dia 28 de Novembro;· Os Projectos do Governo da FRETILIN.Depois de um debate profundo sobre os assuntos agendados, o Comité Central da FRETILIN (CCF) deliberou: I- Relatório da Bancada Parlamentar da FRETILIN: 1. Adoptar o Relatório como documento do Comité Central da FRETILIN; 2. Decidir editar uma brochura com todas as intervenções e interpelações dos deputados da FRETILIN no Parlamento Nacional, como forma de divulgação das actividades dos parlamentares junto dos militantes e do povo; II- Relatório sobre o Processo de Rejustamento:1. Adoptar o Relatório como documento do Comité Central da FRETILIN; 2. Dado o atraso dos trabalhos, como consequência do estado de sítio e de emergência, nos meses de Fevereiro a Abril de 2008, o Comité Central da FRETILIN exortou todos os militantes a engajarem cada vez mais no processo de modo a poder cumprir com o calendário estabelecido, condição necessária para se iniciar a Marcha de Paz.III- A Marcha de Paz: 1. Adoptar a Declaração como documento do Comité Central da FRETILIN; 2. Reforçar as recomendações do Retiro de Holarua e as decisões da reunião do Comité Central da FRETILIN, de 09 de Fevereiro de 2008;3. Delegar a Comissão Política Nacional as competências para a criação de uma Comissão Nacional Inclusiva Preparatória e Organizadora da Marcha de Paz;4. Para além da inconstitucionalidade do Governo, mais razões se juntam - a má governação, o nepotismo e a corrupção generalizada, que só reforçam a necessidadde da realização da Marcha de Paz.IV- As eleições dos Líderes Comunitários:1. Adoptar a exortação como documento do Comité Central da FRETILIN;2. Exortar todos os militantes e apoinates da FRETILIN e o povo em geral, no sentido de exigir com veemência o Governo de facto da auto-proclamada Aliança da Maioria Parlamentar para a realização das eleições, em 2009;3. Apelar a todos os militantes e simpatizantes para se empenharem activamente no reajustamento estrutural, para que através da participação activa nas estruturas partidárias locais, garantir a vitória da FRETILIN nas próximas eleições comunitárias.4. O sistema político democrático de Timor-Leste é multipartidário. A nossa democarcia tem como base a organização dos cidadãos em Partidos Políticos, através das quais participa na vida política e pode-se fazer representar nos órgãos de poder nacional ou sub-nacional. Isto está consagrado na Constituição da República nos n.os 1 e 2 do artigo 46.°, no n.° 1 do artigo 65.°, no n.° 1 do artigo 70.° e n.° 1 do artigo 72.°V- O Mau Funcionamento do Parlamento Nacional1. Foi adoptada uma declaração como documento do Comité Central da FRETILIN;2. A continuar com à violação sistemática do Regimento do Parlamento Nacional e atropelos sistemáticos da Constituição da República, na sequência da subordinação irracional da chamada Aliança da Maioria Parlamentar aos desígnios do auto-proclamado IV Governo Constitucional, o Comité Central da FRETILIN, delega na Comissão Política Nacional, a competência de determinar a renúncia da FRETILIN do Parlamento Nacional, nos termos a definir oportunamente;3. Apelar aos deputados das demais bancadas para salvaguradar o estado de direito democrático, preservando a independência do Parlamento Nacional, não permitindo ingerências indevidas e garantindo a separação de poderes. VI- Alteração a Lei dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional: 1. O CCF deliberou no sentido de se aguardar o desenvolvimento das consultas em curso; 2. Instruir a Comissão Política Nacional para acompanhar o processo e orientar a Bancada da FRETILIN e os demais intervenientes do Partido sobre a matéria.VII- As comemorações do dia 28 de Novembro:1. Decidir a favor da criação de uma Comissão mista FRETILIN/ASDT para preparar e organizar a comemoração do dia 28 de Novembro, a ter lugar, possivelmente, em AileuVIII- Os projectos do Governo da FRETILIN:1. Instruir os ex-membros do Governo no sentido de fazer um levantamento detalhado sobre as obras que fazem parte dos planos anuais de acção do Governo da FRETILIN, de modo a se poder divulgar devidamente para conhecimento de todo o povo; 2. Nesta matéria o Comité Central constata que as infraestruturas e outras obras até agora inauguradas pelo auto-proclamado IV Governo Constitucional são ainda resultados do trabalho do Governo da FRETILIN, nomeadmente, os Hospitais de Referência, Sedes dos Sucos, a Estátua de Sua Santidade o Papa Joao Paulo II, a mini-hidroeléctrica de Gariuai, as 5 pontes da costa sul, entre outras;3. Os subsídios adiantados a favor dos veteranos, dos idosos e dos órfãos não são senão, a realização de um programa maior da FRETILIN, já plasmado na Constituição da República e regulados na Lei dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional;4. O Comité Central concluiu que, a excepção da corrupção generalizada, do nepotismo e da má governação que são da exclusiva iniciativa do auto-proclamado IV Governo Constitucional, todas as actividades que têm beneficiado o povo com pensões, subsídios e as infraestruturas que têm sido inauguradas, são todas a continuidade do programa do I Governo Contitucional ou são hoje possíveis porque o Governo da FRETILIN deixou recursos suficientes para o efeito.5. A própria fonte de financiamento das desprogramadas, desplanificadas actividades do auto-proclamado IV Governo Constitucional, não são senão, receitas obtidas como resultado de uma negociação bem sucedida e do estabelecimento de instituições credíveis e transparentes, como o Fundo do Petróleo, que são a pedra de toque, nacional e internacionalmente reconhecida, da boa governação do Governo da FRETILIN.Díli, 10 de Novembro de 2008

Tribunal de Recurso declara Fundo de Estabilização Económica inconstitucional


Macau, China, 14 Nov (Lusa) - O Tribunal de Recurso de Timor-Leste declarou inconstitucional o Fundo de Estabilização Económica, uma rubrica do Orçamento de Estado aprovada pelo Parlamento sem plano de despesa, disse hoje à agência Lusa Mari Alkatiri.
Contactado telefonicamente a partir de Macau, o líder da Fretilin explicou que o Tribunal de Recurso, que tem poderes de fiscalização constitucional, declarou a “inconstitucionalidade” do Fundo além de classificar também de “ilegal” a transferência do Fundo do Petróleo acima do permitido.“Este fundo, uma espécie de ‘saco azul’ de 240 milhões de dólares para o Governo utilizar como bem entendesse, foi criado com transferências acima do permitido pela Lei que regula o Fundo de Petróleo”, disse Mari Alkatiri.As transferências do Fundo de Petróleo de Timor-Leste estão reguladas em norma própria, existindo uma fórmula de cálculo a ser aplicada para garantir a sustentabilidade futura da reserva financeira.Mari Alkatiri explicou também que o Tribunal “foi generoso” aceitando todas as despesas já efectuadas pelo Executivo de Xanana Gusmão, uma decisão que deixa preocupada a oposição.“É preciso ter cuidado para que o Governo não comece a inventar recibos com datas anteriores para contornar a decisão do Tribunal”, disse Alkatiri ao sustentar também que “toda a atenção está agora centrada nesse detalhe”.“Se o fizerem é crime e terão de responder criminalmente. Se não for agora será quando houver mudança de Governo”, avisa.Mari Alkatiri acrescentou ainda que a decisão do Tribunal coloca o Governo em crise porque “se tinha planos para gastar o dinheiro não o vai poder fazer e isso precipita uma decisão de realizar novas eleições”.O Orçamento rectificativo já tinha sido criticado por organizações internacionais e deixado em alerta o Fundo Monetário Internacional devido ao aumento da despesa em 122 por cento face ao documento original, gastos potenciados pela criação e aumento de subsídios e vencimentos, construção de uma central de fuel óleo e rede de distribuição eléctrica.A própria promulgação do Orçamento por parte do Gabinete de Ramos Horta esteve envolta em polémica já que o chefe de Estado tinha levantado dúvidas sobre o Fundo de Estabilização Económica.Ramos Horta queria esperar pela decisão do Tribunal de Recurso mas antes de deixar Díli para uma visita a Pequim assinou o Orçamento rectificativo para o caso do Tribunal o declarar constitucional.O documento acabaria, no entanto por ser enviado para publicação no primeiro dia de ausência de Horta do país, validando a proposta aprovada no parlamento.Em Dezembro de 2007, o Parlamento timorense aprovou o Orçamento de 2008 no valor de 347,5 milhões de dólares norte-americanos e a nova proposta apresentada no final de Junho aumentava as provisões orçamentais para o mesmo ano num total de 773,3 milhões de dólares..A rectificação no Orçamento significava um aumento de 425,6 milhões de dólares nos gastos públicos para este ano em relação ao Orçamento aprovado no final de 2007.Dos 773,3 milhões de dólares, 686,8 milhões de dólares eram financiados por transferências do Fundo Petrolífero

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

­1º Adjunto do Secretário-Geral do partido FRETILIN, José Reis esteve em Lisboa



“A presença da Fretilin no fórum internacional é muito importante”

A declaração feita pelo 1º adjunto do Secretário-Geral do partido, José Reis no encontro com os militantes do partido em Portugal.
O encontro foi organizado pelo Núcleo da Fretilin de Lisboa, no passado dia 26 de Outubro, que contou ainda com a presença de camarada Rogério Lobato e Fórum Académico da Fretilin em Coimbra (F.A.F.C). Neste encontro, José Reis falou da crise política que provocou o afastamento da Fretilin do poder e considera que “a Fretilin continua não reconhecer este governo, o país está a ser mal governado”.
Consciente do desafio político que o partido está a enfrentar, mesmo assim, o José Reis continua igual a si próprio, atribuindo uma mensagem optimista aos militantes do partido e apelando aos mesmos para que colaborassem com o partido em torno de causa nacional.
Por outro lado, Reis pede aos militantes, simpatizantes do partido que estão espalhados por tudo mundo para que sejam solidários com o partido. Afirmando que “é necessário criar o aparelho do partido no exterior, porque a presença do partido no fórum internacional é muito importante”. Destacando ainda a importância do papel da juventude Fretilin neste novo desafio.
Como um dos homens fortes do partido, parece que a sua principal prioridade neste momento é consolidar o partido em todos os aspectos. Por outro lado, o Coordenador-Geral do F.A.F.C (António Guterres) felicitou o 1º adjunto do Secretário-Geral do partido (José Reis) e disse que “F.A.F.C está com o partido, servir a Fretilin é uma honra”, conclui.

Coimbra, 26 de Outubro de 2008
F
órum Académico da Fretilin em Coimbra

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

TIMOR-LESTE ESTÁ LONGE DAS EXPECTATIVAS

No debate realizado pelos membros do F.A.F.C (Fórum Académico da Fretilin em Coimbra), no passado dia 11 de Outubro, esteve em discussão “o primeiro ano da governação de AMP”.
Os membros do F.A.F.C consideram que o primeiro ano da governação de AMP foi insucesso, o povo continua sentir a sua ausência. Tem-se assistido uma aliança política que não está preparada para servir o país. Está a funcionar como uma força que serve para proteger os interesses dos outros e não do povo.
Confrontando com o tema intitulado, F.A.F.C decidiu reunir os seus membros para mais um debate de ideias. Considerando que o povo deve ser informado sobre a política deste governo.
Os elementos do F.A.F.C continuam achar que o país está afastado das expectativas. Verifica-se de facto um governo que ainda sem ideias para garantir as aspirações do povo. A situação política que se encontra no país é uma realidade, referindo-se com isso, os membros do F.A.F.C são chamados para mais uma discussão de ideias.
A forma como está a conduzir o país, este governo não merece elogios. O governo perdeu o controlo e o equilíbrio políticos em todos os sectores, a taxa de corrupção e do nepotismo permanece elevada principalmente no sector da administração pública. Há uma desorganização total na estrutura política deste governo. Os elementos do F.A.F.C reconhecem que o governo não sabe por onde deve começar e não sabe para onde quer chegar.
Quanto a sua política económica, os membros consideram que foi uma desilusão para o país. Ao aprovar um orçamento que segundo os economistas internacionais, é um orçamento maior para um país como Timor-Leste. Mesmo assim, o governo continua incapaz de colocar o país em desenvolvimento. O desemprego invade todo o território do país, a pobreza mantêm-se fixa na sociedade.
Os membros do F.A.F.C pensam que com este orçamento, o governo tinha as condições necessárias para garantir a estabilidade do país, mas infelizmente não aconteceu. Não há transparência na implementação do orçamento. Visto que há mais despesas do que receitas, colocando assim o país em grande deficit económico.
Os membros afirmam que o país está a ser colocado num cenário complicado e apelam ao povo para que participasse na fiscalização da acção deste governo.
É um panorama inadmissível. Sobretudo, quando o Banco Mundial fez o aviso ao actual executivo, dizendo que “os planos económicos deste governo podiam pôr Timor-Leste no caminho para uma maldição”. Os membros do F.A.F.C asseguram que o dinheiro gasto em subsídios pelo governo é mal orientado e, temem que os subsídios possam contra disparar, ameaçando a estabilidade económica, criando incerteza e tudo isto tornaria muito mais difícil para o país livrar-se da sua dependência do petróleo e do gás.
Os membros do F.A.F.C lamentam que o governo adoptou uma posição diferente e ignorou o aviso do Banco Mundial. E continua apostar nos gastos excessivos, optando por um plano económico de misericórdia que põe a economia do país em queda livre.
O governo falhou na sua política económica, é imprescindível que o governo pudesse reavaliar os seus planos económicos, se não, será muito difícil construir um Timor-Leste melhor.
Aos nossos queridos leitores, a nossa atenção especial: o F.A.F.C continua ser um espaço de debates e de produção de conhecimentos, estamos aqui pelas nossas ideias, pelas nossas convicções com o único objectivo de fazer mais e melhor por Timor. De certeza que no futuro levaremos connosco um projecto, uma ideia de desenvolvimento para Timor que nós julgamos ser o caminho certo rumo à democracia.


Coimbra, 11 de Outubro de 2008
Fórum Académico da Fretilin em Coimbra
(F.A.F.C)














domingo, 28 de setembro de 2008

UMA BOA GOVERNAÇÃO É A CHAVE PARA O INVESTIMENTO INTERNACIONAL



Timor-Leste teve oportunidade de implementar a sua democracia após a restauração da independência em 2002 mas perdeu-a por ocasião de interesses políticos, optando por uma decisão política que poderá comprometer o futuro do país.
Digo isto porque simplesmente não concordo a forma como o governo liderado pelo Senhor Gusmão chegar ao puder, escolhendo o caminho anti-democracia para controlar o país não para governar.
Escolho este tema, porque julgo ser de extrema importância no contexto de desenvolvimento. A boa governação é o recurso estratégico que serve como o maior beneficio na perspectiva de um país como Timor-leste que procura desenvolvimento sob todos os aspectos. A boa governação deve ser vista e promovida como solução para intensificar a nossa democracia e reforçando a conjuntura sócio-económica do país.
Parece que uma boa governação está muito longe de ser implementada em Timor-leste, o país está a ser governada por um governo de Reality Show, há uma desgovernação total, a justiça tornou-se como um ministério do governo, o povo continua a viver na incerteza, a corrupção e o nepotismo invadem a estrutura política deste governo, quando é assim, é difícil atrair o investimento internacional.
Timor-leste é um país pequeno e frágil, o governo tem que ser capaz de produzir, administrar e capitalizar os recursos internos que apoiem o seu desempenho como motor do país. Neste aspecto, o papel do governo é fundamental, o governo deve governar bem em busca de um desenvolvimento sustentável e durável que favoreça o povo timorense.
É urgente consolidar a democracia no país, se quisermos construir um Timor-leste melhor. O governo deve cumprir as regras constitucionais, cooperar com os outros órgãos de soberania, reforçando e melhorando o sector de segurança, garantir a estabilidade política económica e boa gestão das finanças públicas.
Eu creio que o país tem todas as condições necessárias ao crescimento económico e ao desenvolvimento, agora resta-nos seguir o princípio da democracia. Se assim for, a boa governação é a chave para atrair o investimento internacional.

Por: António Guterres

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A LÍNGUA PORTUGUESA E A TENDÊNCIA DE SER CADA VEZ MAIS ESQUECIDA

Os membros do FAFC voltaram a reunir-se no dia 30 de Agosto de 2008 para mais um debate desta vez intitulado “a língua portuguesa cada vez mais esquecida”. Nesta reunião os membros desafiados como estudantes académicos tentaram responder aos seus alcances dando soluções aos Sinais relacionados com o tema. A discussão foi dividida em três partes: a importância da língua portuguesa na sociedade timorense; o fracasso dos sinais; e as críticas e soluções propostas pelos membros.

1) A importância da Língua Portuguesa

A língua portuguesa deixou as suas marcas na cultura e na identidade timorenses há quase 500 anos atrás com a sua primeira implementação através do ensino muito limitado pelos missionários dominicanos. Esta tarefa foi paralisada pelas sucessivas invasões de outras forças estrangeiras bem como holandesas, japonesas, etc. Entretanto depois da II guerra mundial (1945) esta actividade foi retomada; e depois no período da ocupação indonésia era outra vez proibida quase em todas as escolas em solo timorense. Mas ela não deixou de ser a preferência do povo timorense, ou seja, a maior razão com que a língua portuguesa escolhida pelo parlamento nacional do primeiro governo constitucional, como uma das línguas oficiais de Timor-leste foi sem dúvida por razões históricas. Essa escolha baseia-se não só apenas em uma decisão politica vaga sem reflectir as realidades existentes na cultura e na identidade timorenses – em Tétum e outros dialectos. Ao contrário a essa escolha que parece uma coisa de improviso, entretanto tem uma determinada repercussão plausível sobre a forma como enriquecer a cultura e a identidade do povo timorense.

O facto de ainda não ter havido um movimento, ou uma manifestação de grande escala contra a decisão mostra que a esmagadora maioria timorense a aceita mesmo que o mesmo número não consiga expressar nessa mesma língua. Os mais velhos que, mesmo não saibam escrever nem ler, aceita esta decisão de forma exuberante e com os sorrisos nos lábios. Eles não se preocupam se sabem falar ou não. O que eles preocupam é que para que os seus filhos (as) e netos (as) não se impeçam de aprender melhor essa língua de grande importância. É importante porque com ela que os nossos antepassados utilizavam como termos eruditos nos seus Tétum e outros dialectos ainda bem vivos; que os guerrilheiros transmitiam as estratégias de guerrilha entre si contra o inimigo; que os cânticos da igreja foram e são compostas; que os timorenses diásporas e os povos irmãos dos CPLP fizeram negociações, transmitindo os nossos sofrimentos e a nossa dor ao mundo. Foi por isso que até os nossos Tétum e dialectos cheios de termos da língua de Camões. Isto não significa, portanto, só falarmos sobre a importância de uma língua com outra, mas estamos precisamente a falar sobre a cultura e a identidade timorenses através da influência fortemente linguística e não só dos laços históricos entre colonizado e colonizador. Foi assim também que aconteceu a muitos povos e nações no mundo – aos povos das línguas românicas e das germânicas colonizados pelos romanos e vikings por exemplo.

2) Os Sinais do Fracasso da Língua Portuguesa de Ser Esquecida

No segundo ponto identificar-se-ão os sinais que actualmente fazem enfraquecer o uso da língua portuguesa na sociedade. Neste ponto do debate os membros mostraram as suas preocupações através dos sinais do fracasso, achando que, se não tomarmos medidas adequadas, essa língua tornaria menos importante na sociedade timorense. Os sinais do fracasso identificados, entre outros, são: a não continuação, ou seja um número muito limitado do envio dos estudantes timorenses para Portugal e outros países dos CPLP; não há uma manobra de esforço para recrutar os estudantes licenciados em todas as áreas em Portugal; não há uma política clara entre o governo timorense e o governo português sobre a expansão da língua portuguesa principalmente no território timorense; o domínio da língua inglesa como uma língua dominadora que parece ganhar muito mais espaço.

3) Propostas, Críticas e Soluções

O que propomos é que o governo deve encontrar razões com que este considere importante e procurar meios para que a continuação da língua portuguesa seja estimulada e aprendida pelas todas camadas da sociedade timorense, principalmente as mais jovens. Porque isto trata-se de preparação sólida da futura geração com o conhecimento mais profundo da língua face à globalização. Se o governo não concorde com essa ideia deve encontrar razões claras para outras alternativas que o mesmo considere plausíveis e recebidas pelo povo timorense.

O que achamos incorrecto é que não podemos ficar tão dependentes como tão-somente do dinheiro do petróleo, e só esperar os outros a fazer por nós. Somos nós que temos que decidir o que é que é mais importante para o bem do povo e da nação, não por alheios; não se faça que as nossas gerações habituadas e dependentes àquilo que os outros façam e pensem por nós; não podemos ficar tão contente porque os outros vão construir por nós centros de línguas como fazem nas outras partes do mundo sem reflectir as razões culturais e históricas enraizadas em todos os aspectos na sociedade timorense. Mas não estamos contra a decisão de construir centros de outras línguas em Timor, porque, de facto, todos nós queremos que se criem condições para que as camadas mais jovens aprendam muitas línguas ao máximo possível. Isto, no entanto, não é o nosso debate. Estamos a discutir a escolha de uma ou mais línguas intimamente ligadas à cultura e à identidade próprias timorenses – Tétum e outros dialectos desde sempre cujos termos eruditos são da língua de Camões. Mas isto também não quer dizer que ignoremos as outras línguas internacionais bem como inglês, francês, alemão, chinês, etc. Porque se a geração futura conseguir dominar todas essas línguas, isto significa um recurso humano inigualável; porque realmente precisamos desses tipos de recursos e não só para fazer negociações com o resto do mundo; e porque a nossa sobrevivência depende da nossa capacidade de fazer negociações no mundo de globalização. O que está em causa, como já tem dito, é a nossa escolha, a nossa cultura e os nossos hábitos. Se já escolhemos português porquê é o governo não envia mais estudantes a Portugal, ao Brasil e aos PALOP que estão sempre as mãos abertas para nos ajudar? Ou porquê é que não contrata mais professores desses países para lá? E porquê é que não consegue criar condições adequadas que possam reforçar instituições escolares existentes e outras que contribuem para aprofundamento da língua às camadas mais jovens?

As verdadeiras soluções encontrar-se-ão nas respostas pelo governo às perguntas acima referidas que parecem tão simples, ou será que o governo não dê nenhuma importância a esta decisão tão importante da esmagadora maioria timorense? Todos nós como cidadão do estado de direito, temos direito de saber quais são as suas razões.


Coimbra, 30 de Agosto de 2008

Fórum Académico da Fretilin em Coimbra (FAFC)

domingo, 7 de setembro de 2008

Austrália praticou «extorsão» no Mar de Timor



As negociações e a partilha de recursos impostos pela Austrália a Timor-Leste foram equivalentes a extorsão e intimidação, acusa um autor australiano no seu último livro sobre as negociações do Tratado do Mar de Timor.Penso que houve muita intimidação» por parte da Austrália durante as negociações sobre a partilha de recursos do Mar de Timor, afirmou o autor Paul Cleary à rádio australiana ABC.Paul Cleary, um ex-jornalista do Sydney Morning Herald que viria a ser nomeado pelo Banco Mundial para conselheiro do primeiro-ministro timorense, lançou esta semana o livro «Shakedown», um termo de gíria para extorsão.Na entrevista à ABC, Cleary acusa o chefe da diplomacia australiano, Alexander Downer, de lançar à mesa de negociações que a Austrália «é um país rico e pode adiar esta questão por 30, 40 ou 50 anos.Downer, segundo Paul Cleary, chegou a ameaçar «cortar mesmo a Timor-Leste os recursos económicos vitais para interromper o desenvolvimento do Mar de Timor, a menos que Timor-Leste assinasse a partilha de 80 por cento dos seus direitos no maior campo petrolífero da área.Paul Cleary refere-se ao campo Greater Sunrise, o centro da maior discórdia entre Díli e Camberra, cujo acordo de partilha de receitas foi ratificado apenas este ano pelos parlamentos dos dois países.«Vocês entregam os direitos deste campo às 17:00 do dia 28 de Outubro e nós damo-vos três biliões de dólares e mais nada«, propôs a delegação australiano aos timorenses, recordou Paul Cleary na entrevista à ABC.«Entretanto, a Austrália já estava a explorar os recursos, o que é contra o direito internacional», declarou o autor australiano.«Penso que havia do lado timorense a vontade de adiar a decisão mas o país necessitava de começar a receber os recursos e por isso o Tratado do Mar de Timor começou a ser negociado em 2000 e foi assinado em 2002«, explicou o autor na entrevista.Paul Cleary lembra em »Shakedown« que o principal negociador de Camberra no Tratado do Mar de Timor, Doug Chester, »impôs basicamente um ultimato a Timor-Leste«, como acusou na altura o então chefe da diplomacia timorense, José Ramos-Horta.«O senhor Doug Chester disse-nos simplesmente: 'é pegar ou largar'», declarou na ronda negocial o actual Presidente da República timorense. «Claro que nós não podemos aceitar ultimatos, não podemos aceitar chantagem, somos pobres mas temos um sentido de honra e de dignidade dos nossos direitos».Para Paul Cleary, os 50 por cento das receitas do Greater Sunrise conseguidos por Timor-Leste «é provavelmente o mínimo aceitável para os timorenses e o máximo que a Austrália estava disposta a entregar».Sobre a crise em que o país mergulhou em 2006, Paul Cleary considerou na entrevista à ABC que «o problema é que os timorenses não fizeram um trabalho muito bom a gastar o dinheiro. E esta tem sido a verdadeira fraqueza no actual Governo».«A economia de Timor-Leste recuou de repente quatro anos em termos de rendimento per capita «, acrescentou o autor australiano.«Shakedown - Australia's Grab for Timor Oil» foi lançado pela Allen & Unwin. «Descrição: a história apaixonante de como a Austrália tentou conseguir à força que Timor-Leste abrisse mão dos seus direitos aos lucrativos recursos de petróleo e gás natural do Mar de Timor e das pessoas, tanto heróis como vilões, que disputaram o jogo pelo futuro de uma nação.

O Primeiro-Ministro Australiano, Kevin Rudd, rejeitou o pedido de Xanana Gusmão


O Primeiro-Ministro Australiano, Kevin Rudd, rejeitou o pedido de Xanana Gusmão Recentemente, o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, rejeitou a criação de um programa de trabalho temporário que havia sido solicitado pelo premiê timorense, Xanana Gusmão.O governo timorense esperava ter assinado um acordo com a Austrália durante a visita oficial de Xanana Gusmão ao país, na semana passada. O anúncio da recusa australiana foi feito por Kevin Rudd após o encontro com o premiê - decisão que Austin considera, “no mínimo, mal informada”.O programa-piloto, apresentado há três semanas ao governo australiano, pretendia responder a "uma escassez sem precedentes de mão-de-obra" no noroeste e norte da Austrália, em províncias com um crescimento económico acelerado, explicou Kevin Austin à Lusa. A ideia era suprir a falta de trabalhadores para atividades como horticultura, turismo, saúde, reflorestamento, aquicultura e infra-estrura.O programa-piloto, apresentado há três semanas ao governo australiano, pretendia responder a "uma escassez sem precedentes de mão-de-obra" no noroeste e norte da Austrália, em províncias com um crescimento económico acelerado, explicou Kevin Austin à Lusa. A ideia era suprir a falta de trabalhadores para atividades como horticultura, turismo, saúde, reflorestamento, aquicultura e infra-estrura.Do lado timorense, o projeto seria uma oportunidade de emprego e formação profissional, desenvolvimento de capacidade industrial e redução da pobreza."Além da diplomacia, sei que o primeiro-ministro Xanana Gusmão, os ministros, o presidente [timorense, José Ramos-Horta], os parceiros da Austrália Ocidental, do Território do Norte e do Estado de Victória, e os governos locais e comunidades de acolhimento estão chocados e desiludidos" com a recusa de Rudd, afirmou Kevin Austin em comunicado divulgado em Dili nesta quinta.Kevin Austin, que desde 1999 desempenhou várias funções no Timor Leste, representa atualmente a organização sem fins lucrativos Human Securities International (HSI).Segundo o assessor, no início de 2008, a HSI colaborou com o governo timorense na identificação de "soluções práticas" para garantir a melhoria da segurança e ajudar a desenvolver "um país frágil, com uma 'bolha' de juventude em crescimento, desempregada e pobre".Na última década, vários conflitos graves no Timor Leste foram provocados ou agravados pela existência dessa população "frustrada", "com uma paleta muito grande de inseguranças do ponto de vista humano que abrem a porta à manipulação por grupos políticos e criminosos", declarou Kevin Austin.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

OMPT – ORGANIZAÇÃO POPULAR DAS MULHERES TIMORENSES


A Organização Popular das Mulheres Timorenses solicitou ontem aos Parlamentares para acelerarem a lei do aborto, para salvar a vida das mulheres e para impedir a criminalização do aborto que é praticada no país.

A exigência foi feita por mulheres representantes de todos os 13 distritos durante o seminário de um dia para comemorar o 33o aniversário da organização da mulher.

A Secretária-Geral da OMPT, Melita Alves, disse que a criminalização do aborto no país afecta seriamente a saúde e a vida das mulheres, por, na realidade, não existir nenhum quadro legal para tal acto.A OMPT, como organização das mulheres da Fretilin, foi criada em 1975 para lutar pela emancipação das mulheres timorenses.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

REVELACAO DA MORTE DE ALFREDO: OS TERCEIROS, QUEM SAO?

Investiguem Hercules e o MUNJ e chegarão ao Xanana Gusmao!!!
O Major Alfredo Reinado encontrou-se em contacto com frequencia com gangstar Hercules na vespera da sua visita, um dos Gangs mais influentes e mais rico na Indonesia, em Timor-Leste.Porem, o major falecido nao sabia que o proprio Hercules e XG ja tinha feito um plano para elimina-lo.
O "rogue force" que atirou o RH era o homen montado pelo XG e Hercules. Eram 8 elementos provenientes de Jacarta com autorizacao dada por XG,apoiados logistica e financeiramente pelo Hercules.O plano era seguinte uma bala para eliminar dois alvos considerados obstaculos para governacao da AMP; Ramos Horta e o Major. Utilizando elementos treinados em Jacarta, vieram para Timor com uma missao de top secret. Eram eis elementos de Kopassus do eis General Prabowo. Sairam de Kopassus e juntaram-se ao rede mafioso de Hercules. Entre eles 3 sao timorenses eis Kopassus com um era oficial de patente Capitao naquelas forcas especiais Indonesias e os restos sao indonesios. Subordinados ao Hercules e cumpriram ordem de XG.
O plano foi tracado pelo circulo de XG. Alfredo foi apanhado no lugar errado e no momento errado. Os homens do MUNJ conspiraram com XG para convidar Alfredo ao chamado encontro com o presidente que nao existiu. Alfredo e seus homens foram traidos pelo MUNJ e ALVEJADOs por um SNIPER, e a seguir os dois (Alfredo e Leopoldinho) foram capturados pelo guarda presidencial que depois os mataram. Porem o coitadito guarda presidencial pensava que foi ele que os tinha alvejado, por isso matou o major e o seu elemento Leopoldinho sem hesitacao com tiro a queima-roupa.Os 4 elementos de Hercules tomaram as suas posicoes na monte de Bidau Santana como SNIPERS. Eles sao os terceiros nesta dramatica eleminicao de Alfredo e tentativa de assasinato do presidente Ramos Horta. Foram os outros 4 que simularam o drama de assalto ao seu patrao Xanana. Tendo sabido que o Ramos Horta afinal ainda estava vivo, seguiram com plano B de simulacao do ataque ao seu BIG BOSS para se livrar e salvar XANANA GUSMAO da culpa de morte do Major e tentativa de assasinato de Ramos Horta.Os misteriosos terceiros (sao exactamente 8 pessoas) sao homens de Hercules que trabalham para XG e o seu governo da AMP. Foi uma missao de TOP SECRET.
Nao acreditam? entao investiguem o Hercules e o MUNJ e chegarao de certeza ao Xanana Gusmao. Ainda lembram da historia de mortes de David Alex, Rodak, Sabalae e os outros elementos considerados radicais por XG? a mesma cena que agora esta acontecendo. O assasinio de sangue fria esta na accao.
Chama-se XG!
Sumber dari JakartaFonte de Jacarta

Informação:



Aos membros do FAFC e à todos estudantes timorenses que querem participar na maior festa de sempre organizada pelo Partido Comunista Português (PCP), por favor contacte a Direcção de FAFC, Tlv; 963259077 ou 961682664

FESTA DO AVANTE

A música, o teatro, a ciência, os livros, as exposições e os debates políticos fazem parte do programa "para vários tipos de público" da 32ª edição da Festa do Avante! Que abrirá com uma gala de ópera. O evento decorre entre 5 e 7 de Setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, com as comunicações políticas de abertura e encerramento a cargo do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

O "Espaço Internacional" da Festa do Avante! vai ser constituído por 'stands' de partidos de vários países do mundo, entre os quais o Partido Comunista Alemão, Chinês, Colombiano, Cubano, o MPLA, de Angola, a Frelimo, de Moçambique e a FRETILIN de Timor-leste. A festa terá ainda um espaço de ciência, de tecnologias de informação e internet, um programa polidesportivo e vários espaços de artesanato e animação.·Os bilhetes para a Festa do Avante! permitem a entrada nos três dias e estão disponíveis em vários pontos de venda por todo o país, custando 18,5 euros em venda antecipada e 27 euros a partir do primeiro dia do evento.
FAFC

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Angola e Timor-Leste entre os produtores petrolíferos com menos tempo para diversificar economia

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008

Londres, Reino Unido, 18 agosto 2008 - Angola e Timor-Leste estão entre os países produtores de petróleo que menos tempo terão para diversificar as suas economias e fontes de receitas, hoje dependentes do sector petrolífero, à medida que a sua produção vai declinando.Angola deverá atingir em 2010 o "pico" de produção petrolífera - dois milhões de barris diários - e entrará então num período de transição, de acordo com as projecções de John V. Mitchell e Paul Stevens no estudo "Acabando com a Dependência:
As Difíceis Escolhas dos Estados Exportadores de Petróleo", recentemente publicado pelo Instituto Britânico de Relações Internacionais (Chatham House).
Este período de transição, adiantam, poderá durar no máximo sete anos, no caso de descoberta de novas e significativas reservas petrolíferas e no mínimo dois.No estudo que envolveu um total de 12 países na Europa, África, Médio Oriente e Ásia, Angola é colocado no grupo dos "Prematuramente Dependentes", juntamente com Timor-Leste, Azerbeijão e Cazaquistão.
"Estes quatro países são relativamente novatos no que diz respeito à riqueza petrolífera em grande escala. Contudo, a sua janela de oportunidade para resolver o problema da diversificação (...) é curto, partindo do princípio que o aumento das reservas será limitado”, referem os autores.
Para Mitchell e Stevens, estes países “enfrentam barreiras consideráveis à diversificação” e “até agora há poucos sinais de início de um processo bem-sucedido [de diversificação]”.
“Todos sofrem de uma falta de infra-estruturas, acompanhada por problemas de ineficiência nos gastos e uma falta generalizada de capacidade administrativa governamental", afirmam.
Em Timor-Leste, adiantam, o peso do sector petrolífero é avassalador, representando 95 por cento das receitas do governo, 73 por cento do PIB e quase todas as exportações.
"Estima-se que quando o campo Greater Sunshine entrar em produção, em 2010, o sector passe a representar 89 por cento do PIB e 94 por cento das receitas do governo. O resto da economia é essencialmente de subsistência", refere o estudo.
Também a economia angolana se apresenta "muito dependente" do petróleo, respondendo por 58 por cento do PIB, 81 por cento das receitas do Estado e 96 por cento das exportações, segundo das projecções apresentadas no estudo da Chatham House.Entre 2001 e 2005, as receitas petrolíferas contribuíram pouco para a base produtiva da economia e antes sustentaram uma "distribuição de rendimentos altamente enviesada".
"Angola enfrenta não só um desafio de desenvolvimento, mas uma tarefa de reconstrução. A guerra civil destruiu infra-estruturas, deixando grande parte do país - rico noutros recursos naturais - sem energia, comunicações, escolas, hospitais e segurança pública", afirmam os autores.A economia não-petrolífera é actualmente dominada pela agricultura, que ainda assim viu a área cultivada do país recuar 40 por cento entre 1975 e 2003.
As reservas petrolíferas angolanas, estimadas pelos autores a partir de diversas fontes estatísticas, são de 544 barris "per capita", das mais baixas dos países incluídos no estudo, onde se destacam as kuwaitianas (mais de 39 mil barris).
Juntamente com o Kuwait, Angola é o país mais dependente das receitas petrolíferas para financiar o défice fiscal e corrente, situando-se no extremo oposto dos países menos dependentes como a Noruega, Indonésia, Malásia e Cazaquistão.
O estudo divide os 12 países em três outros grupos: "quase sustentáveis", "brevemente em transição" e "opções de esgotamento a longo prazo".
Também um recuo do preço do petróleo, do nível actual acima dos 100 dólares por barril para a casa dos 60 dólares, poderá obrigar países como Angola a "grandes ajustamentos", segundo o estudo. Entre as soluções sugeridas está a desaceleração do consumo interno de energia, realização de investimentos e expansão das reservas, através da exploração e novas tecnologias."Dependendo dos países, um acrescento às reservas (...) prolongaria o ponto alto da produção e, portanto, as exportações, entre dois e sete anos”, referem os autores.Contudo, salientam, até 2025 países como “Angola, Argélia, Irão e Malásia teriam ainda de melhorar a balança fiscal dos seus sectores não-petrolíferos em 10 por cento ou mais", adianta o estudo.Quanto aos investimentos no estrangeiro, nomeadamente através de fundos soberanos, "são uma protecção estratégica essencial para os países exportadores contra as incertezas futuras do preço do petróleo, reservas e, acima de tudo, a incerteza das suas economias não-petrolíferas para se adaptarem à redução das receitas", refere.Para os autores, está sobretudo em causa a velocidade que os países dependentes das receitas petrolíferas conseguirem imprimir ao seu processo de diversificação."O tempo, e não o petróleo, está a acabar. Vários países - os incluídos nos grupos `brevemente em transição´ e `prematuramente dependentes´
- necessitam urgentemente de acelerar o progresso fora do sector petrolífero para sobreviverem a uma eventual quebra de receitas petrolíferas e de divisas",
afirmam. (macauhub)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Timor-Leste: Duvida-se de que tenha sido o grupo de Reinado a ferir Ramos-Horta

Surgiram provas que contrariam a convicção geral de que o Presidente José Ramos-Horta foi alvejado a tiro, no dia 11 de Fevereiro deste ano, por um elemento do grupo do major desertor Alfredo Reinado, pouco depois de este último ter sido morto na residência presidencial, escreveu ontem no jornal australiano The Age um dos profissionais mais conhecedores do que se passa em Timor-Leste, Lindsay Murdoch.
Os investigadores acreditam agora que o homem que disparou contra o Chefe do Estado, que regressava de um joging matinal, vestia um uniforme diferente dos do grupo de Reinado; e isto irá alimentar a especulação de que o chefe dos rebeldes foi atraído à residência de Ramos-Horta, “onde homens armados o esperavam”, escreveu Murdoch, a quem o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Mário Viegas Carrascalão, afirmou que “ainda não se sabe o que é que na verdade aconteceu”.
Carrascalão, antigo governador do território, designado pela Indonésia, pediu a divulgação imediata de um relatório do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, aos ataques de 11 de Fevereiro a Ramos-Horta e ao primeiro-ministro Xanana Gusmão: “Não podemos colocar de lado a possibilidade de Alfredo Reinado ter sido atraído para uma armadilha”.
Por seu turno, o ex-primeiro-ministro Estanislau Maria da Silva, dirigente da Fretilin que o PÚBLICO ontem à noite contactou por telefone, afirmou estar-se à espera da “investigação internacional independente” que foi solicitada pela sua bancada e que o Parlamento aprovou. Mas não acredita “que um dia se venha a saber tudo” o que realmente aconteceu há seis meses: “Estamos bastante preocupados, pois não se sabe quando é que ao menos se saberá alguma coisa. Não entendemos esta demora”.
Durante os primeiros tempos a seguir aos incidentes de Fevereiro, fez-se constar em Díli que Ramos-Horta fora alvejado por um colaborador de Reinado chamado Marcelo Caetano, entretanto o Presidente já o viu e não reconheceu nele o seu atacante; além de que o próprio, que está detido na cadeia de Becora, juntamente com 21 comparsas, nega terminantemente ter aberto fogo contra o Chefe do Estado. Mário Carrascalão, que é uma das figuras mais destacadas da política timorense, ao longo de várias épocas, coincidiu com a Fretilin em que deveria haver um inquérito independente aos acontecimentos em que morreu Reinado e Ramos-Horta ficou gravemente ferido; mas a verdade é que o primeiro-ministro Xanana Gusmão resiste a esse inquérito, segundo notava ontem o jornalista do The Age.

domingo, 10 de agosto de 2008

FRETILIN

10 Agostu 2008
Komunikadu imprensa

FRETILIN husu Presidenti Republika ordena investigasaun Gabineti Presidensia Republika nian kona ba falansu promulgasaun Orsamentu Retifikativu
FRETILIN husu ohin ba Prezidenti Republika Dr. Jose-Ramos Horta halao investigasaun klean ida ba insidenti neebe mosu iha semana liu ba iha Gabeneti Presidensia Republika nian bainhira Xefe Gabineti haruka Lei Orsamentu Retifikativu ba Parlamentu Nasional, no depois resulta iha publikasaun maske kontra Prezidenti Republika nia intensaun klaru, deklara Prezidenti partidu FRETILIN nian, Francisco Guterres "LuOlo"iha Dili ohin.
Tuir Komunikadu neebe sai husi Prezidensia Republika iha loron 6 Agostu 2008: "Molok nia sai ba liur, nia halo deklarasaun ba nasaun, tuir neebe nia dehan katak nia sei hein to'o desiziaun husi Tribunal Rekursu kona ba rekursu ida neebe tama kona ba konstitusionalidade Lei Orsamentu Retifikativu, molok nia halo desizaun ikus liu atu pormulga ka lae lei ida nee."
Prezidenti aumenta mos ida nee iha deklarasaun neebe temik katak: "Prezidenti Republika husik hela orientasaun klaru ba nia gabineti atu labele haruka lei ba publikasaun molok desizaun sai husi Tribunal Rekursu katak lei cumpri ho normas konstituisaun nian tomak."
"Maske Prezidenti nia liafuan, neebe fo sai iha deklarasaun iha televisaun, no konfirmado tuir mai iha komunikadu ofisial iha loron 6 Agostu, Prezidenti deklara katak nia fo 'orientasaun klaru' atu nia gabineti labele haruka lei nee ba publikasaun. Nia hatudu mos nia intensaun bainhira nia koalian ba Povo tomak iha Televisaun.
Ami la fiar nia bele koalian buat ida loron ida, no halo buat seluk fali.Maibe tuir mai, ita hotu hare katak ema seluk halo fali kontra nia hakarak, ema ruma iha nia gabineti haruka fali lei nee ba publikasaun.Nee assuntu ida neebe seriu ba nasaun, seriu ba orgaun soberania seluk hotu, no Povo Timor-Leste tomak.
Ami la foo sala ida ba Prezidenti, tamba ami fiar nia liafuan. Maibe ami duvida makas ba ema seluk neebe servisu iha nia gabineti. Ami duvida sira nia intensaunplitika no imparsialidade atu halau servisu iha gabineti aas liu hanesan nee," dehan LuOlo.
"Sorte hahalok sala nee buat ida neebe bele hadiak hela ho vontade diak husi orgaun oberania hotu. Maibe hau husu deit, sei envolve karik buat seluk neebe labele hadiak fasil hanesan nee? Hanesan deklarasaun estadu de sitiu ka disolusaun parlamentu por ezemplu? Entaun oin sa? Sorte ida nee laos deklarasaun funu ida neebe consekuensia todan liu ba nasaun.
Prezidenti halo buat hotu hotu neebe nia bele atu labele iha impaktu negative ba ita nia rain no Povo, maibe iha falansu seriu fali tamba hahalok iha nia gabinetilaran.""Ita abele husik deit hanesa nee. Ita presiza buka hetan lialos. Ita presiza hatene momos sei ida nee falansu humanu duni ka buat seluk, hanesan manipulasaun ruma ba Prezidenti nia hakarak, nia dever. Tamba nee presiza investigasaun klean.
FRETILIN apoia Prezidenti republika total atu halau investigasaun ida neebe seriu no transparent, tanba kredibilidade gabineti Presidenti republika nian aban bairua iha duvida hela iha ema barak nia Hanoin sei ita la hetan lialos,"
LuOlotaka.
Favor ida, kontaktu: Jose Reis +670 734 1505 (Dili)

sábado, 9 de agosto de 2008

Entrevista com o Coordenador-Geral (António Guterres)

FÓRUM ACADÉMICO DA FRETILIN EM COIMBRA

Coordenador- Geral de FAFC (a direita)

FAFC: Que balanço faz das primeiras actividades do Fórum?

AG: muito positivo. Parece-me que o Fórum encontrou o caminho certo, tem membros fantásticos e com capacidade intelectual que eu devo reconhecer.

FAFC: Acha que o Fórum está no bom caminho?

AG: eu creio que sim. O nosso principal obstáculo, foi a criação do Fórum, mas conseguimos ultrapassá-lo, isto, deve-se a união e a humildade que os membros têm vindo a demonstrar. Temos um grupo fantástico e pretendemos alargar este grupo.

FAFC: Como vai alargar este grupo?

AG: promover o diálogo e dar a conhecer os objectivos do Fórum, são os principais passos para pudermos alargar o grupo.

FAFC: Até a onde, o Fórum pretende chegar?

AG: o nosso caminho já está definido, nós temos objectivos bem claros e queremos concretizar estes objectivos.

FAFC: Qual é a necessidade de criar este Fórum?

AG: Bom, a principal necessidade está estipulada no nosso regulamento interno, nós temos 5 objectivos para cumprir.

FAFC: Visto que a Direcção do Fórum está bem constituída, qual é o segredo?

AG: Nós não temos segredo nenhum, a escolha baseia-se essencialmente na disponibilidade e capacidade profissional. Como sabe, o Fórum é um espaço político, é preciso lidar bem com a pressão, porque a política é um jogo, se jogar bem ganha o jogo se jogar mal perde o jogo.

FAFC: Como vê a situação política que a Fretilin tem vindo a enfrentar?

AG: a Fretilin continua a ser o defensor da causa do povo, tem vindo a demonstrar a sua maturidade política, eu creio que é o único partido que está bem organizado. Pelo que tem vindo a demonstrar, o partido merece o nosso total apoio.

FAFC: Acha que o Mari Alkatiri é problema para o país?

AG: eu acho que não. O povo foi mobilizado para desacreditar a governação da Fretilin. Como sabe, o nosso secretário-geral sempre foi alvo a abater, pois ele é o cérebro principal que capaz de transformar um Timor-Leste melhor. Em suma, ele é o homem certo no lugar certo para conduzir o país.

FAFC: Como vê a politica do governo actual?

AG: a forma como o governo está a conduzir o país, parece-me que estamos perante um governo de reality show. Em apenas 10 meses, o governo bateu o recorde em termos de gastos. Há uma desgovernação total, o governo não tem um projecto claro para o país. Só sabe fazer despesas e não sabe produzir receitas.

FAFC: O que se deve fazer para evitar esta autêntica desgovernação?

AG: deve haver uma inclusão total de gente capacitada, fazer uma avaliação global das necessidades do país e apresentar um projecto claro para o desenvolvimento da nação.

FAFC: Como juventude Fretilin, o que espera para o futuro do país?

AG: a Fretilin continua ter o seu compromisso político com o povo, como juventude, queremos defender este compromisso. O povo não merece sofrer desse jeito, alguém tem gritar e falar em nome do povo.

FAFC: Alguma vez teve medo do que está a fazer?

AG: medo, nunca tive medo. Gosto muito de lidar com a pressão, a pressão é um desafio, sem desafio não existe vida. Tenho consciência do que estou a fazer. Aproveito esta oportunidade para apelar a todos os jovens timorenses, como cidadão livre, nós devemos enfrentar o medo e proteger o nosso sonho. O nosso sonho é ver Timor-Leste democrático, prospero, paz e harmonia.

FAFC: Como Coordenador-Geral do Fórum o que pretende fazer para o futuro?

AG: até ao momento, a Direcção tem cumprido o seu dever, conseguiu estabelecer o contacto com a Direcção do partido, divulgando o Fórum a nível nacional e internacional e promovendo debates de carácter político e académico. Unir os académicos da Fretilin em Portugal continua ser a prioridade desta Direcção. No futuro, vamos trabalhar no sentido de preparar alguém que possa assumir os próximos compromissos do Fórum.

FRETILIN SAÚDA A REVISÃO JUDICIAL DA LEI DO ORÇAMENTO


A FRETILIN saúda a decisão do Presidente de esperar o resultado da decisão judicial pedida por partidos da oposição de revisão da rectificação orçamental de 2008


Hoje, a FRETILIN disse que saúda a decisão do Presidente Ramos Horta de esperar até que o pedido feito pela FRETILIN, KOTA/PPT e PUN ao Tribunal de Recurso para ver a constitucionalidade de aspectos chave da rectificação orçamental de USD$425.6 milhões, que levaria a um aumento do orçamento anual original para mais de USD$773.3 milhões, antes de promulgar em lei.

A decisão do Presidente Ramos Horta de esperar o resultado da revisão pelo tribunal de recurso de aspectos da revisão orçamental foi anunciada ontem (Terça-feira, 5 Agosto) na televisão estatal de Timor-Leste.


O líder parlamentar da FRETILIN Aniceto Guterres disse, "A decisão do Presidente é uma decisão sábia e prudente, expressando cautela e preocupação acerca da legalidade de uma série de aspectos da revisão orçamental proposta pelo Governo de facto de Gusmão


"No decurso dos últimos meses, e em particular durante o debate parlamentar para esta revisão orçamental (16-31 Julho), a FRETILIN, a sociedade civil, dadores internacionais e instituições multilaterais tais como o Banco Mundial e o FMI questionaram as necessidades para um tão grande aumento no orçamento.

"Em particular levantaram questões em relação à transparência e legalidade deste orçamento, a capacidade de o gastar e também a razão para uma tão grande quantidade de dinheiro ter sido a locado para bens e serviços em oposição ao dinheiro para capital de desenvolvimento."

"Apesar da forte e espalhada oposição da população, o Governo de facto de Gusmão tem-se recusado a ouvir as preocupações do povo e passaram a revisão orçamental no Parlamento Nacional com muitos poucas emendas."

"Saudamos a decisão do Presidente porque não reflecte apenas a preocupação entre a FRETILIN, mas também nos grupos da sociedade civil e na população mais alargada em Timor-Leste."

Para mais informações, por favor contacte: Nilva Guimarães +670 7340389 (Dili, Timor-Leste)