Rádio Vaticano
Díli, 30 jul (RV) - O Timor Leste iniciou na segunda-feira o julgamento de 28 pessoas, a maioria soldados rebeldes, acusadas de participação na tentativa de assassinato do presidente José Ramos-Horta no dia 11 de fevereiro de 2008.
Os acusados podem ser condenados a penas de até 20 anos de prisão por tentativa de assassinato ou cumplicidade. Entre os acusados, apenas um é civil, Angelita Pires, australiana, que era a companheira de Alfredo Reinado, um oficial rebelde que morreu durante a tentativa de assassinato.
Em 11 de fevereiro de 2008, em circunstâncias ainda pouco claras, os soldados depostos abriram fogo contra Ramos-Horta em sua residência, deixando o presidente gravemente ferido. O Prêmio Nobel da Paz de 1996 foi levado para a Austrália em estado de coma e retornou ao país dois meses depois. No mesmo dia, o primeiro-ministro Xanana Gusmão escapou de uma emboscada contra seu veículo.
Por sua vez, a Igreja pede que seja feita justiça. "Sem justiça, não há progresso nem desenvolvimento" – declarou o arcebispo de Díli, Dom Alberto Ricardo da Silva. (BF)