Frente Revolucionária de Timor Leste Independente

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PLANO DE BIOCOMBUSTIVEL PODE DEIXAR TIMOR-LESTE À FOME

Mais de metade da terra arável em Timor-Leste pode ser usada por companhias internacionais para a produção de biocombustível sob um plano do Governo que constitui uma enorme ameaça para a capacidade do novo país de alimentar o seu povo.
O antigo partido do governo a Fretilin receia que um contracto entre o Governo de coligação e a companhia ligada aos Indonésios GT Leste Biotech para usar 100,000 ha de terra arável para cana de açúcar seja o primeiro passo duma estratégia daninha para tirar vantagens da sede massiva global para fontes alternativas de combustíveis..
O partido da oposição soube que estão a ser considerados mais contractos para plantar outros 200,000 ha com produções de biocombustíveis, possivelmente óleo de palma, o que significaria que 60 por cento da terra arável de Timor-Leste ficaria comprometida na aventura.

A terra poderia ser alugada durante tantos quantos 20 a 50 anos.
O deputado da Fretilin José Teixeira, o ministro para o desenvolvimento sob o governo anterior, disse que a política da coligação era inaceitável num país com um tão grande número de agricultores pobres.
A introdução de produções de biotecnologias tornaria impossível a muitos continuarem a cultivar alimentos para as suas famílias.

"Estamos preocupados porque não houve nenhum debate nacional transparente sobre esta questão," disse ele.

A Fretilin afirmou que a falta de transparência da coligação se reflectia no orçamento que estava a ser debatido no Parlamento que procurava providenciar financiamento deficiente para necessidades de infraestruturas a longo prazo ao mesmo tempo que doava a todos os deputados novos carros dispendiosos.

O Sr. Teixeira foi também crítico do que ele viu como uma relutância entre os líderes mundiais para empurrar o Governo Indonésio a processar os perpetradores de atrocidades de direitos humanos cometidas contra civis Timorenses por altura do referendo de1999 pela independência
"Porque é que deve ser o jovem Timor-Leste a carregar com o peso diplomático de lidar com um grande vizinho como a Indonésia com quem temos de manter uma boa relação?" perguntou ele.

O deputado colega da Fretilin Estanislau Da Silva disse que o partido tinha há muito suportado o inquérito às atrocidades recentemente concluído pela Comissão Conjunta Indonésia-Timor-Leste para a Verdade e Amizade. Contudo, disse ele que há ainda uma necessidade para reconciliação e justiça.