De João Miguel Souto (LUSA)
Díli, 10 Set (Lusa) - Os dirigentes da FRETILIN, oposição timorense, criticaram hoje a entrega de Maternus Bere, suspeito de crimes contra a humanidade, à Indonésia sem acordo de extradição e negaram qualquer envolvimento do partido neste processo.
Todos queremos ter boas relações com a Indonésia, mas terão de ser no quadro legal e constitucional dos respectivos países. Agora assim, pode dar lugar a uma grave crise institucional e não podemos enfraquecer os tribunais timorenses sob pena das pessoas perderem a confiança na Justiça", disse hoje o líder da FRETILIN, Mari Alkatiri.
Alkatiri e Francisco Guterres Lu-Olo, respectivamente secretário-geral e presidente da FRETILIN, o maior partido timorense, deram hoje uma conferência de imprensa para desmentir qualquer envolvimento na decisão de libertar Maternus Bere, que estava detido à ordem do tribunal por indícios de envolvimento em crimes contra a Humanidade, em Suai, em 1999.