Os militares timorenses vão continuar a garantir a estabilidade em Timor-Leste, assegurou hoje em Díli o brigadeiro-general Taur Matan Ruak, que intervinha na cerimónia do 34º aniversário da criação das FALINTIL, unidade militar que antecedeu as forças armadas.
"Com a colaboração dos cidadãos e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) acreditamos que vamos conseguir preservar a estabilidade para assegurar a execução do programa de desenvolvimento do governo", disse Taur Matan Ruak, no discurso registado pela Agência Nova China, hoje frente ao Palácio do Governo, durante a parada militar.
As FALINTIL, acrónimo de Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste, foram criadas para garantir a defesa da integridade do território, na sequência da invasão indonésia, em 1975.
Com a restauração da independência, reconhecida pela comunidade internacional em 2002, as forças armadas timorenses passaram a designar-se FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
As F-FDTL compreendem actualmente dois batalhões de infantaria, uma componente naval e várias unidades de apoio.
A missão principal das F-FDTL é proteger Timor-Leste de ameaças externas, mas tem também competências a nível interno que se cruzam com as que legalmente estão atribuídas à PNTL.
Este cruzamento resultou no passado recente em tensões entre as duas instituições e que tiveram o apogeu em 2006, quando cerca de um terço dos efectivos militares abandonaram as forças armadas e foram actores principais na crise política e social que conduziu à queda do governo apoiado pela FRETILIN e liderado por Mari Alkatiri.
Na ocasião, os militares rebeldes queixaram-se de discriminação no seio das forças armadas.
A crise de 2006, que provocou cerca de 120 mil deslocados internos e foi ainda marcada pela desintegração da PNTL, levou a que as autoridades constitucionais timorenses apelassem a Portugal, Austrália e Malásia o envio de forças militares e policiais para conter os distúrbios internos e que ameaçavam levar o país para a guerra civil.
A crise de 2006, que provocou cerca de 120 mil deslocados internos e foi ainda marcada pela desintegração da PNTL, levou a que as autoridades constitucionais timorenses apelassem a Portugal, Austrália e Malásia o envio de forças militares e policiais para conter os distúrbios internos e que ameaçavam levar o país para a guerra civil.
LUSA