Cristina Santos FÁTIMA MISSIONÁRIA
O orgão da ONU para o combate à discriminação das mulheres avalia a situação das timorenses. A desigualdade de género mantém-se bem presente no país.
Um relatório entregue às Nações Unidas (ONU), a 30 de Julho, denuncia a desigualdade de oportunidades que enfrentam as mulheres de Timor-Leste. Saúde, educação e participação política são áreas em que a discriminação é mais visível. O estudo revela que 25 por cento das mulheres são analfabetas. Têm menos hipóteses que os homens de serem empregadas. Salários baixos e fraca progressão na carreira são as dificuldades que encontram, quando estão no activo.
A violência doméstica é outro problema que afecta a maioria das timorenses, com especial incidência nas famílias das zonas rurais. Cada mulher tem em média 7 filhos. A taxa de mortalidade materna é elevada: 800 mulheres por cada 100 mil nascimentos. As escolas ficam longe. Por isso, os pais optam por somente instruir os meninos e manter as filhas em casa.
A Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres (CEDAW) esteve reunida em Nova Iorque. Várias organizações Não Governamentais timorenses participaram no encontro. O relatório sobre a situação das mulheres em Timor será analisado pela organização.