Frente Revolucionária de Timor Leste Independente

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

AMP PRETENDE AGORA, CONVENCER O PAÍS DE QUE É A VÍTIMA DESTA CRISE POLÍTICA


Por: António Guterres

Timor-leste está diante de um governo sem verdade, um governo que mente e abusa do poder. Um governo que insiste em fingir que cumpre o que não consegue cumprir, um governo que continua ignorar a constituição e a lei, tudo em nome da estabilidade, o que fragilizou ainda mais a credibilidade e a imagem do país.

O clima da instabilidade institucional que se verifica no país é devido a insegurança e o medo desta maioria parlamentar chamada “AMP”. Continuando proteger as verdades, o objectivo é melhorar a imagem de um governo em desespero.

Depois de um enorme fracasso da política económica e social, o governo quer agora desarmar a justiça. Tudo isto é em nome da estabilidade. Mas parece que esta maioria parlamentar pretende atribuir as culpas para os outros. Continua a não ter coragem de quebrar as mentiras e dizer as verdades ao povo.

Chega de queixas e de passar culpas, esta crise tem uma única origem e uma única causa: o desastre da governação desta maioria parlamentar chamada “AMP”.

Temos assistido jovens com menos oportunidades, famílias a empobrecer. Em suma, vemos um povo que luta pela sua sobrevivência num país onde a receita do petróleo não pára de ingressar na caixa do Estado timorense. Por isso, digo com toda a sinceridade que o povo é a verdadeira vítima da governação da AMP.

A verdade é que este governo teve todas as condições para governar. Foram-lhe dadas todas as oportunidades, tem uma maioria parlamentar, tem um Presidente que lhe deu toda a cooperação institucional. Tudo teve e tudo desperdiçou.

O governo deu um triste espectáculo nestes três anos de governação. Um governo sem liderança, sem estratégia e sem rumo. É um governo apenas preocupado com a imagem e com a propaganda. Protagonizando os episódios mais lamentáveis: corrupção e nepotismo.

A actuação do governo AMP passou todas as marcas e todos os limites. Falo disso com base em factos não em retórica. É um facto que o governo menosprezou o combate às desigualdades sociais e o combate à pobreza. É um facto que o governo investiu mais nas despesas, é um facto que o governo não consegue produzir as receitas.

AMP falhou. Esta governação é um total fracasso, mas não deixa de ser verdade que nestes últimos três anos de governação o fracasso se transformou em desastre. O que faltou nestes três anos é a capacidade para gerir uma equipa, a capacidade para definir uma orientação para o país.Contudo, eu creio que o país reclama uma mudança, é urgente que implemente uma cultura de respeito pelas instituições.

É preciso dizer a verdade sobre a situação do país, é tempo de olhar para frente e não passar a vida a olhar para trás. Timor precisa de um governo com mais rigor, transparente e credível. Um governo com ambição que tem na sua agenda política o combate às desigualdades sociais e o combate à pobreza. Uma agenda para restaurar a esperança do povo timorense.