30 de Outubro de 2009
D. Ximenes Belo, Nobel da Paz em 1996, vai estar na Madeira entre os dias 12 e 15 de Novembro para participar no lançamento do livro "Gentio de Timor", da autoria do capitão Armando Pinto Correia (natural do Estreito de Câmara de Lobos), e que foi administrador de Baucau entre 1928 e 1934.
Trata-se de uma obra etnográfica e cultural de especial significado e que agora é reeditada sob a coordenação do dr. João Luís Gonçalves, com o patrocínio do Município de Câmara de Lobos.
Encontros oficiais e celebrações
Para além do lançamento do livro, marcado para 13 de Novembro no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, às 10h:30, e de uma recepção na Câmara Municipal da Ribeira Brava nesse mesmo dia, o Bispo resignatário de Díli tem agendadas várias reuniões oficiais. Assim no dia 12 de Novembro, irá encontrar-se com o Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, será recebido nos Paços do Conselho de Câmara de Lobos, e irá celebrar uma Missa na Igreja de São Sebastião (Câmara de lobos), às 17 horas, em homenagem às vítimas do massacre no cemitério de Santa Cruz (Timor-leste), no ano de 1991.
No programa oficial de D. Ximenes Belo destacam-se ainda outros encontros e iniciativas, nomeadamente a reunião com o Bispo do Funchal, D. António Carrilho, e com os seminaristas do Seminário Diocesano, no dia 14 de Novembro.
Também nesta data, o antigo Bispo de Díli vai participar na cerimónia de homenagem aos soldados da Guerra do Ultamar, no cemitério do Campanário, promovida pela Liga dos Combatentes, seguindo-se uma celebração eucarística na igreja do Campanário, "em homenagem às vítimas da Guerra Colonial", e um jantar organizado pela Academia madeirense das Carnes / Confraria Gastronómica da Madeira.
Finalmente, no dia 15 de Novembro, D. Ximenes Belo irá celebrar uma Missa nos Salesianos, dado que é também membro da Congregação fundada por São João Bosco.
A última vez que o antigo Bispo de Timor-leste esteve na Madeira, recorda-se, foi em 2003. Natural da Região Baucau, D. Ximenes Belo tem 61 anos de idade e em 1996 foi distinguido, juntamente com Ramos Horta, com o Nobel da Paz, "pela sua defesa dos direitos do povo maubere" que abriu portas à "autodeterminação dos timorenses".