No dia 3 de Maio de 2009 realizou-se um encontro no Hotel Tivoli em Lisboa, dirigido pelo Secretário-geral da FRETILIN, Dr. Mari Alkatiri, onde estiveram presentes alguns dos militantes da FRETILIN em Lisboa.
Foi uma honra e um privilégio para F.A.F.C (Fórum Académico de FRETILIN em Coimbra) ter sido convidado e fez-se representar pelo seu Coordenador Geral, António Monteiro.
Durante o encontro o camarada Mari Alkatiri deu a conhecer aos militantes e representantes as condições vividas em Timor Leste até a presente data, entre as quais, a economia, o poder, a corrupção, a segurança e infra-estrutura.
Na economia, referiu-se ao fundo gerado pelo petróleo, dizendo que o dinheiro gasto no desenvolvimento do país vem do petróleo e não do Banco Mundial, e que este Governo utilizou e continua a utilizar este dinheiro como se fosse dinheiro do Saco Azul, onde sai mas não se sabe para onde vai. “O petróleo é esgotável por isso devemos tratar o dinheiro do petróleo de uma maneira esgotável. O petróleo acabará um dia mas as gerações de Timor nunca acabarão, o dinheiro não é só para este Governo”disse Camarada Mari.
Quanto ao Poder, em 2006 e 2007, Xanana era apenas “um cabide” onde os seus apoiantes se penduravam mas agora já ninguém sabe quem se pendura em quem, porque todos querem estar no poder e todos querem o dinheiro do petróleo.
Em relação à corrupção, “Xanana não é Corrupto”, disse Camarada Mari, “quem é corrupto são os seus apoiantes e quem está na sua equipa”, frisou.
Sobre as infra-estruturas, Xanana, na sua campanha legislativa prometeu construir novas estradas e reabilitar todas as infra-estruturas já existentes, mas que até a data, “nem os buracos das estradas sabem tapar”, referiu o camarada Mari.
Uma outra questão que ele referiu foi a segurança. “Em Timor não há violência graças a FRETILIN”, disse ele. Quanto a duração deste Governo, não vai durar mais que dois anos e que no futuro, quer seja pela eleição antecipada ou pela eleição após o fim do mandato do Governo actual, “a FRETILIN ganhará com maioria absoluta, isso não tenho dúvidas”, “O que precisamos agora é preparar-nos bem porque a situação actual é bem diferente da situação da nossa primeira governação, porque este Governo está a incutir ao povo um vício pelo dinheiro que não existia enquanto a FRETILIN esteve no poder. Eles começaram a governar já com muito dinheiro, que nós não tínhamos na altura, mas eles não tem noção de economia, não investem no trabalho, na produção agrícola nem no incentivo a população, com criação de postos de trabalho, estando eles apenas a investir na preguiça, em distribuir dinheiro ao povo, não contribuindo assim para o desenvolvimento do país, uma vez que esse dinheiro não é investido, “é um ciclo vicioso que temos que enfrentar no futuro”, frisou ele.
Na secção de perguntas e respostas, o Coordenador Geral do F.A.F.C, António Monteiro começou a sua intervenção com uma saudação para a mesa e para Camarada Mari Alkatiri. ”Estamos todos de parabéns mas os meus parabéns vão principalmente para o Secretário-geral da FRETILIN, camarada Mari, isso porque apesar de sermos um partido de oposição, apesar de não atribuirmos legitimidade a este Governo, o camarada Mari foi escolhido pelo Presidente de RDTL como representante especial de Estado Timor para a Missão de Paz de CPLP à Guiné-Bissau, querendo isto dizer que, o governo actual não tem capacidade nem competência para governar este país como nós temos agora”, disse o Coordenador Geral do F.A.F.C, António Monteiro. Para concluir a sua intervenção, António Monteiro, questionou sobre a vinda do camarada Mari, se foi um acto de confiança e qual foi a reacção do Governo actual. Camarada Mari respondeu que a ideia de um enviado especial à Guiné-Bissau foi do Primeiro-ministro Xanana Gusmão e que foi aprovado pelo Conselho de Ministros e pelo Parlamento Nacional.
Falou-se em algumas notícias publicadas nos blogues que diziam que“ Bispo Ximenes Belo seria o homem certo para assumir esse papel”. Em resposta a, “porque é que o Presidente me escolheu e não o Sr. Bispo”, o camarada Mari referiu que existem muitas críticas destrutivas sobre este assunto mas uma coisa é clara, não há ninguém mais competente, sólido e com mais experiencia que a FRETILIN, talvez seja esse o motivo pelo qual foi escolhido uma pessoa da FRETILIN. Quanto a posição da Igreja, camarada Mari referiu que “quando a FRETILIN esteve no governo, mal toquei no assunto da disciplina da Religião e Moral Católica passar a ser uma disciplina opcional e não obrigatória no sistema de ensino, a Igreja organizou uma grande manifestação contra essa ideia, convencendo milhares de pessoas a deslocarem se a capital, Díli, com imagens religiosas. Mas o que vemos é que, com este Governo, a Igreja até a data nada falou e nada fez sobre atentado de 11 de Fevereiro contra o Presidente da RDTL, Ramos Horta, sobre a legalização do aborto e a violência doméstica contra as mulheres. Onde está a voz da Igreja? “Se a FRETILIN estivesse no Governo a igreja já teria dito e feito qualquer coisa contra nós…sublinhou camarada Mari.
O encontro terminou com uma mensagem do Camarada Mari aos jovens da FRETILIN que pretendem participar no processo de reajustamento que esta em andamento neste momento. Para ser militante é preciso conhecer os critérios deste papel, ser militante é um acto voluntario absoluto. “Vocês jovens, têm que se preparar porque o futuro de Timor vos pertence”, disse Secretário-geral da FRETILIN Dr.Mari Alkatiri
Foi uma honra e um privilégio para F.A.F.C (Fórum Académico de FRETILIN em Coimbra) ter sido convidado e fez-se representar pelo seu Coordenador Geral, António Monteiro.
Durante o encontro o camarada Mari Alkatiri deu a conhecer aos militantes e representantes as condições vividas em Timor Leste até a presente data, entre as quais, a economia, o poder, a corrupção, a segurança e infra-estrutura.
Na economia, referiu-se ao fundo gerado pelo petróleo, dizendo que o dinheiro gasto no desenvolvimento do país vem do petróleo e não do Banco Mundial, e que este Governo utilizou e continua a utilizar este dinheiro como se fosse dinheiro do Saco Azul, onde sai mas não se sabe para onde vai. “O petróleo é esgotável por isso devemos tratar o dinheiro do petróleo de uma maneira esgotável. O petróleo acabará um dia mas as gerações de Timor nunca acabarão, o dinheiro não é só para este Governo”disse Camarada Mari.
Quanto ao Poder, em 2006 e 2007, Xanana era apenas “um cabide” onde os seus apoiantes se penduravam mas agora já ninguém sabe quem se pendura em quem, porque todos querem estar no poder e todos querem o dinheiro do petróleo.
Em relação à corrupção, “Xanana não é Corrupto”, disse Camarada Mari, “quem é corrupto são os seus apoiantes e quem está na sua equipa”, frisou.
Sobre as infra-estruturas, Xanana, na sua campanha legislativa prometeu construir novas estradas e reabilitar todas as infra-estruturas já existentes, mas que até a data, “nem os buracos das estradas sabem tapar”, referiu o camarada Mari.
Uma outra questão que ele referiu foi a segurança. “Em Timor não há violência graças a FRETILIN”, disse ele. Quanto a duração deste Governo, não vai durar mais que dois anos e que no futuro, quer seja pela eleição antecipada ou pela eleição após o fim do mandato do Governo actual, “a FRETILIN ganhará com maioria absoluta, isso não tenho dúvidas”, “O que precisamos agora é preparar-nos bem porque a situação actual é bem diferente da situação da nossa primeira governação, porque este Governo está a incutir ao povo um vício pelo dinheiro que não existia enquanto a FRETILIN esteve no poder. Eles começaram a governar já com muito dinheiro, que nós não tínhamos na altura, mas eles não tem noção de economia, não investem no trabalho, na produção agrícola nem no incentivo a população, com criação de postos de trabalho, estando eles apenas a investir na preguiça, em distribuir dinheiro ao povo, não contribuindo assim para o desenvolvimento do país, uma vez que esse dinheiro não é investido, “é um ciclo vicioso que temos que enfrentar no futuro”, frisou ele.
Na secção de perguntas e respostas, o Coordenador Geral do F.A.F.C, António Monteiro começou a sua intervenção com uma saudação para a mesa e para Camarada Mari Alkatiri. ”Estamos todos de parabéns mas os meus parabéns vão principalmente para o Secretário-geral da FRETILIN, camarada Mari, isso porque apesar de sermos um partido de oposição, apesar de não atribuirmos legitimidade a este Governo, o camarada Mari foi escolhido pelo Presidente de RDTL como representante especial de Estado Timor para a Missão de Paz de CPLP à Guiné-Bissau, querendo isto dizer que, o governo actual não tem capacidade nem competência para governar este país como nós temos agora”, disse o Coordenador Geral do F.A.F.C, António Monteiro. Para concluir a sua intervenção, António Monteiro, questionou sobre a vinda do camarada Mari, se foi um acto de confiança e qual foi a reacção do Governo actual. Camarada Mari respondeu que a ideia de um enviado especial à Guiné-Bissau foi do Primeiro-ministro Xanana Gusmão e que foi aprovado pelo Conselho de Ministros e pelo Parlamento Nacional.
Falou-se em algumas notícias publicadas nos blogues que diziam que“ Bispo Ximenes Belo seria o homem certo para assumir esse papel”. Em resposta a, “porque é que o Presidente me escolheu e não o Sr. Bispo”, o camarada Mari referiu que existem muitas críticas destrutivas sobre este assunto mas uma coisa é clara, não há ninguém mais competente, sólido e com mais experiencia que a FRETILIN, talvez seja esse o motivo pelo qual foi escolhido uma pessoa da FRETILIN. Quanto a posição da Igreja, camarada Mari referiu que “quando a FRETILIN esteve no governo, mal toquei no assunto da disciplina da Religião e Moral Católica passar a ser uma disciplina opcional e não obrigatória no sistema de ensino, a Igreja organizou uma grande manifestação contra essa ideia, convencendo milhares de pessoas a deslocarem se a capital, Díli, com imagens religiosas. Mas o que vemos é que, com este Governo, a Igreja até a data nada falou e nada fez sobre atentado de 11 de Fevereiro contra o Presidente da RDTL, Ramos Horta, sobre a legalização do aborto e a violência doméstica contra as mulheres. Onde está a voz da Igreja? “Se a FRETILIN estivesse no Governo a igreja já teria dito e feito qualquer coisa contra nós…sublinhou camarada Mari.
O encontro terminou com uma mensagem do Camarada Mari aos jovens da FRETILIN que pretendem participar no processo de reajustamento que esta em andamento neste momento. Para ser militante é preciso conhecer os critérios deste papel, ser militante é um acto voluntario absoluto. “Vocês jovens, têm que se preparar porque o futuro de Timor vos pertence”, disse Secretário-geral da FRETILIN Dr.Mari Alkatiri
F.A.F.C