As comissões não funcionam porque não há quórum, a plenária não funciona porque não há quórum. Compete agora ao Presidente da República tirar as conclusões e dissolver o Parlamento”, afirma.
O líder da Fretilin fala em deputados que “passam a vida a viajar” às custas do Estado, num clima de “completo despesismo, sem o mínimo de vergonha”.Nesta entrevista à Renascença, Mari Alkatiri diz que Timor está mergulhado em corrupção e lança fortes críticas ao Governo de Xanana Gusmão.
“Basta ver a forma como os projectos são distribuídos. Não há transparência nenhuma, não há concursos públicos. Quando fazem anúncios públicos, pensam que o anúncio em si já é um concurso, sem cadernos de encargo nem nada”, acusa.
O antigo Primeiro-ministro de Timor-Leste está em Lisboa numa breve escala a caminho da Guiné-Bissau, onde se desloca como representante do Governo timorense.Mari Alkatiri defende que a Guiné-Bissau precisa de consensos nacionais e tem de se estruturar para receber os apoios da comunidade internacional.
O objectivo desta deslocação de dez dias é partilhar a experiência timorense em áreas comuns, como a exploração do petróleo, e acompanhar de perto o processo de reconciliação nacional.“A Guiné-Bissau é um país que tem vivido um ciclo de crises e não há crises políticas sem crises económicas.
Todos nós sabemos que a Guiné-Bissau é um país com potencialidades naturais e é preciso encontrar formas de extrair dessas potencialidades a riqueza”, diz Mari Alkatiri.
RV/Domingos Pinto
RV/Domingos Pinto